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16/02/2017



IUPAC 2017: Alternativas ao cloro na síntese orgânica serão destaque no Simpósio de Química Verde


Entidade passa a ter comitê interdivisional dedicado a acompanhar conceito que enfatiza o papel do químico na solução de questões ambientais

O professor Pietro Tundo, da Universidade de Veneza, tem cerca de três décadas de experiência com a busca por métodos de síntese orgânica que diminuam o impacto ambiental nos processos e produtos químicos. Ele é um dos 15 palestrantes que farão parte do simpósio sobre Química Verde e Biotecnologia no Congresso Mundial de Química (IUPAC 2017), que será realizado de 9 a 14 de julho em São Paulo, com condições especiais para associados da SBQ.

"A realização da IUPAC 2017 é uma grande oportunidade para os químicos do Brasil e da América Latina. Espero que compareçam em grande número. Essa interação também é extremamente benéfica para a IUPAC."

Em sua palestra Tundo abordará o uso de carbonato de dimetila na síntese orgânica, com reflexo na maior sustentabilidade ambiental de fármacos, polímeros e solventes entre outros produtos. "Temos buscado estratégias para diminuir o uso de cloro na síntese orgânica, e derivados de carbono são uma boa alternativa", explica. Tundo organizou um livro sobre o tema, recentemente publicado pela IUPAC, chamado "Chemistry Beyond Chlorine", que reúne pesquisas de 25 químicos de diversos países com alternativas ao cloro na síntese. "O cloro não será completamente descartado pois é um elemento crucial na desinfecção da água e alguns usos, mas na síntese já temos alternativas ambientalmente melhores, com reflexo tanto nos processos quanto nos produtos, como alvejantes e perfumaria", conta o professor, que ao longo dos anos registrou 30 patentes nessa área, "algumas já no mercado."

As temáticas ambientais já têm uma tradição nos congressos da IUPAC, mas o crescimento do interesse pela química verde motivou a IUPAC a promover o antigo "sub-comitê" dentro da divisão de Química Orgânica, para um "comitê" interdivisional. "A Química Verde é, mais que uma metodologia, um conceito de fazer química que enfatiza o papel do químico na busca por soluções das questões ambientais", afirma o professor Claudio Mota (UFRJ), co-organizador do Simpósio junto com o professor Vitor Ferreira (UFF).

Tundo é o coordenador desse novo comitê da IUPAC, que tem a missão de aproximar o trabalho dos químicos dos 17 objetivos da ONU para o desenvolvimento sustentável. "Precisamos falar sobre a utilização dos recursos naturais, sobre a química dos produtos naturais e muitos outros temas. Isso envolve muita pesquisa fundamental e novos caminhos de síntese. A Química do futuro tem que ser verde, e o Brasil está avançado nesse sentido", destaca.

O simpósio Química Verde e Biotecnologia terá seis tópicos que abrangem as principais questões ambientais da química na atualidade: energias renováveis, processamento de biomassa, captura e utilização de CO2, métodos verdes em síntese orgânica, valorização de resíduos industriais e de biomassa, e biorrefinarias. "Para cada tópico procuramos trazer palestrantes de ponta, tanto do Brasil quanto do exterior e considerando a diversidade de gêneros", conta o professor Claudio Mota. "São temas que devem atrair químicos de diversas áreas, tanto da academia quanto da indústria."

"A realização da IUPAC 2017 é uma grande oportunidade para os químicos do Brasil e da América Latina", afirmou Tundo ao Boletim da SBQ. "Espero que compareçam em grande número. Essa interação também é extremamente benéfica para a IUPAC."


Texto: Mario Henrique Viana (Assessoria de Imprensa da SBQ)








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