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07/06/2018



Precisamos incentivar meninas para carreiras de exatas desde a base, diz diretora do CNPq


No Brasil, as mulheres publicam praticamente a mesma quantidade de pesquisas científicas do que os homens. Elas são responsáveis por 49% da produção. Olhando assim, o ambiente acadêmico parece bem igualitário por aqui. Mas, quando se fala em publicações em áreas como computação e matemática, a participação das pesquisadoras mulheres cai para menos de 25%, segundo dados do relatório da Elsevier, apresentados por Adriana Maria Tonini, diretora de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas do CNPq.

Para Adriana, o problema não é a falta de investimento no nível universitário. "Precisamos de mais investimento na base. O problema não é na universidade, vem de antes. Temos de incentivar as meninas de 6 e 7 anos a estudar matemática e exatas, mostrar a elas que há espaço para mulheres nessa área, sim", afirmou ela durante o Congresso Nacional de Liderança Feminina (Conalife), realizado pela ABRH-SP, em 24 de maio, em parceria com a ONU Mulheres.

Miriam Harumi Koga foi um exemplo disso na prática. Com apenas 18 anos, ela foi a primeira a ser aplaudida de pé pela plateia durante o Conalife 2018. A medalhista de ouro na IX Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica — e em várias outras olimpíadas de exatas — contou um pouco de sua história nos estudos. Falou sobre a importância de ter tido o incentivo da família e da escola para se encaminhar para a área de exatas. Miriam participa de olimpíadas acadêmicas desde o ensino fundamental, e diz que é claro o quanto a participação de garotas nas competições de exatas cai com o passar dos anos. "O que falta é incentivo, e incentivo desde os primeiros anos", disse ela a uma plateia emocionada.

Dividindo o painel com Adriana, estavam mulheres bem sucedidas no mundo das ciências. Sonia Guimarães, professora adjunta de Física do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), falou sobre os desafios de ser mulher e negra na ciência. "É mais do que mérito, é dar oportunidade para que as mulheres entrem", afirma.

 

Thaisa Storchi Bergmann [membro titular da Academia Brasileira de Ciências], astrofísica e ganhadora do Prêmio Internacional L´Oréal-Unesco para Mulheres na Ciência, também compartilhou sua história. "É comum me perguntarem por que eu resolvi seguir a carreira científica. Eu me perguntei e a única resposta que encontrei é que foi por pura curiosidade, a curiosidade que a gente tem como criança, e isso por alguma razão não foi tirado de mim", afirma.

Ela falou também sobre a dificuldade de trabalhar com pesquisa ao mesmo tempo em que cuidava dos filhos. Em uma delas, ela tinha um turno de observação em um dos maiores telescópios do mundo, mas estava amamentando o último filho. A solução foi levá-lo junto, e convencer a equipe do observatório a encontrar uma solução para isso.


(Daniela Frabasile para Época Negócios)








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