28/06/2018

Divisão de ensino busca maior comunicação com a comunidade

Diretoria reeleita planeja intensificar contatos com químicos associados

Diante da precária situação do ensino de ciências no Brasil, a Divisão de Ensino de Química da SBQ (DEQ) tem tido, sobretudo desde 2016, forte atuação política, alinhada com a Diretoria e Conselho da entidade. Nas últimas eleições da SBQ, o professor Márlon Soares (UFG) e as professoras Nyuara Mesquita (UFG) e Daisy Rezende (IQ-USP) foram reeleitos para mais um biênio à frente da Divisão.

Professor Márlon Soares (UFG), diretor da Divisão de Ensino de Química da SBQ: "Nosso primeiro mandato foi marcado por um trabalho fortemente ligado à diretoria da SBQ – foi um período de muitas conversas, reuniões, cartas, moções e posicionamentos em que combatemos as mudanças recentes no ensino médio e superior."

"Nosso primeiro mandato foi marcado por um trabalho fortemente ligado à diretoria da SBQ – foi um período de muitas conversas, reuniões, cartas, moções e posicionamentos em que combatemos as mudanças recentes no ensino médio e superior", conta o professor Márlon. "Infelizmente a reforma do ensino médio foi aprovada – nós consideramos isso um erro, porque, parte do pressuposto que a escola vai conseguir oferecer todos os itinerários (humanas, natureza, matemática e técnico), quando sabemos que isso não será possível em ciências da natureza dada a carência de professores", explica.

Para o próximo biênio, a Divisão vai buscar um diálogo maior com os filiados – são cerca de 140 atualmente – bem como trazer novos sócios. Entre as várias ações que Márlon pretende implementar com esse objetivo, está a participação no 19º ENEQ, que será realizado de 16 a 19 de julho, em Rio Branco (AC), com o apoio e a colaboração da DEQ na comissão científica. "Já temos 700 inscritos, um número muito representativo, e cerca de um terço são químicos da região", declara o diretor da DEQ. "Eventos assim são oportunidades que temos para descentralizar as discussões e conhecer demandas e soluções regionais."

Outra ação que a Divisão de Ensino de Química planeja para o início do segundo semestre é estabelecer canais de comunicação com químicos de licenciatura e pesquisadores da área de educação tantos os que foram associados quanto os que não conhecem a SBQ. "Falar com professores do ensino médio é uma das tarefas da DEQ. Nossa ideia é, com os recursos que temos, criar um informativo de divisão, que será enviado por e-mail e divulgado em redes sociais. Precisamos mostrar não só nossa representatividade política quanto nossa preocupação com a formação do professor e a produção de conhecimento na forma de pesquisa em educação e ensino de química", observa Márlon.

Ele concluiu seu doutorado em 2004, na UFSCar, sobre o uso de jogos no ensino de química. Leciona na UFG desde 2002 – hoje coordena o Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas (LEQUAL), onde orienta cinco mestrandos do programa de mestrado em ensino de ciências, cinco doutorandos pelo programa de pós-graduação em Química. O professor Márlon atua em linhas de pesquisa nas seguintes áreas: Jogos e Atividades Lúdicas Aplicadas ao Ensino de Química; Ciência e Religião; Formação de Conceitos; Inclusão Digital de Professores de Ciências e Robótica Educacional em Ensino de Ciências.

Cinco artigos relevantes:

https://seer.ufmg.br/index.php/rbpec/article/view/2796

http://www.scielo.br/pdf/qn/v40n6/0100-4042-qn-40-06-0656.pdf

http://quimicanova.sbq.org.br/imagebank/pdf/Vol34No1_165_99-AG09717MS.pdf

http://www.qnesc.sbq.org.br/online/qnesc18/A03.PDF

http://www.qnesc.sbq.org.br/online/qnesc33_1/01-QS9309.pdf


Texto: Mario Henrique Viana (Assessoria de Imprensa da SBQ)