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31/3/2011


Fármacos e medicamentos: o diálogo da química com a biologia


O trabalho de pesquisa sobre fármacos e medicamentos realizado hoje no país acena com a possibilidade de inúmeros resultados positivos. Nesse processo, a universidade desempenha um papel chave ao lado de outros atores, entre os quais os formuladores de políticas públicas de saúde, indústria e agentes governamentais de financiamento.

Além de atender à sua missão tradicional, de formar quadros com conhecimento científico em um segmento interdisciplinar, a universidade conduz projetos na busca por inovação que representam a linha de frente da pesquisa na área. Mostrar uma parte desse trabalho e quais são seus potenciais para os próximos anos é o objetivo da Sessão Temática “Fármacos e Medicamentos”, que será realizada no dia 26 de maio, durante a 34ª Reunião Anual da SBQ. O encontro terá apresentações de pesquisadores de destaque (veja aqui o programa) sob coordenação de Eliezer J. Barreiro, da UFRJ, que é responsável pelo Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas (LASSbio), da instituição.

Entre outros desafios vividos pelos que atuam no dia a dia dos laboratórios está a necessidade de aproximar a linguagem de químicos, biólogos, bioquímicos e farmacêuticos, assinala o pesquisador. A produção de fármacos é, basicamente, um território onde essa convivência exige que cada área de conhecimento “decifre” os códigos da outra para viabilizar a interdisciplinaridade. “Estamos avançando na compreensão das relações entre as disciplinas, necessárias às aplicações”, observa, pois sem o ritmo certo na troca de informações, perde-se a agilidade essencial para chegar à inovação. A preocupação tem estado presente na pauta dos organizadores da Reunião Anual da SBQ. Uma das iniciativas nesse sentido são os cursos curtos oferecidos pelo evento sobre o tema, que fazem parte do esforço de “biologização” da cabeça dos químicos.

O aprendizado que a universidade vem adquirindo como participante da cadeia produtiva de fármacos e medicamentos cria uma situação até então inexistente no país. Ela deve identificar qual a melhor forma de contribuir para o desenvolvimento da linha produtiva a partir de suas competências e procurar agregar valor às diferentes etapas, na transformação de insumos em fármacos e destes em medicamentos que chegam à prateleira.

Um exemplo de que o empenho tem resultado em ganhos valiosos pode ser visto em uma das recentes conquistas da pesquisa, inserida no trabalho do INCT de Fármacos e Medicamentos, aponta Eliezer J. Barreiro. O desenvolvimento de um caminho mais eficiente para a produção da atorvastatina, pelos pesquisadores Luiz Carlos Dias e Adriano Siqueira, da UNICAMP, mostra que se é possível inovar em um nível mais alto de complexidade, será possível encontrar soluções também em patamares mais simples. A atorvastatina é o princípio ativo do medicamento mais vendido do mundo, destinado à redução de colesterol, fabricado pela Pfizer com o nome comercial de Lipitor®, cuja patente expirou no final de 2010.


Fonte: Carlos Martins (Assessoria de Imprensa da SBQ)




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