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5/5/2011


CNPq comemora 60 anos com o lançamento de prêmios e a entrega de títulos honoríficos


Na ocasião foram lançados o XXV Prêmio Jovem Cientista e o selo dos Correios em homenagem ao aniversário

Na noite de ontem (27/04), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) comemorou seu aniversário de 60 anos. A solenidade que aconteceu no Teatro Nacional Cláudio Santoro, em Brasília, contou com a presença de inúmeras autoridades, cientistas, políticos e funcionários.

Presidente do CNPq Glaucius Oliva

Durante a cerimônia, o presidente do CNPq, Glaucius Oliva, traçou um panorama sobre a contribuição do Conselho, que ao longo destes 60 anos teve papel central no estabelecimento e consolidação da ciência brasileira, bem como sobre as perspectivas para o futuro. “O cenário para a ciência e tecnologia do Brasil neste século XXI pressupõe novos paradigmas e desafios e o CNPq permanecerá na vanguarda de sua transformação. A nova ciência brasileira exige mais atenção às demandas da sociedade. Vivemos a economia do Conhecimento e a ciência brasileira não pode deixar de aprofundar seu compromisso com o desenvolvimento econômico e social do país, o que requer instrumentos mais eficientes de estímulo à inovação, tanto no ambiente acadêmico, como também e principalmente, nas empresas”, ressaltou.

Ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres Iriny Lopes

Para a ministra da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres (SPM), Iriny Lopes, o Brasil vem avançando muito por meio do apoio a Ciência. “Nestes últimos anos, o Brasil, através de políticas públicas e outros programas, tem buscado minorar as desigualdades, proteger mais o meio ambiente e consolidar uma cultura que preza a igualdade, educação e a transferência das riquezas e do conhecimento. E creio que a ciência e tecnologia são poderosos instrumentos para construir este espaço de igualdade e superação. Por isso, parabenizo o CNPq, que nestes seus 60 anos vem prestando um importante serviço em prol da melhoria do nosso país”, destacou.

Ministro da Ciência e Tecnologia Aloizio Mercadante

O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante destacou durante a cerimônia que apesar dos grandes avanços alcançados pelo Brasil, estimulados principalmente pela área de C&T, o país precisa superar muitos desafios para alcançar o pleno desenvolvimento e mostrar no cenário internacional todo seu potencial. “Precisamos ter visão de futuro, se tivemos 60 anos de muitas conquistas, temos a obrigação de pensar com grandeza, pensar nos próximos 60 anos. E para isso é necessário inovar mais, já que hoje nossas empresas não investem o suficiente em inovação, é preciso que o setor privado dialogue mais com a academia, que o país invista em uma educação de qualidade e reduza as desigualdades regionais. Se hoje somos a 7ª economia do mundo e estamos no 13° lugar de produção cientifica, temos potencial para muito mais”, pontuou.

Autoridades

Estiveram presentes, entre outros, o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, o presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP), Mario Neto Borges, o presidente do Conselho Nacional de Secretários para assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (CONSECTI), Odenildo Teixeira Sena, o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Jorge Guimarães, o senador Rodrigo Rolemberg (PSB) e o deputado federal Newton Lima Neto (PT).

A presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, pontuou a necessidade de garantir uma educação de qualidade a todos os brasileiros para alavancar ainda mais a área de C&T. “Ciência e educação devem ter prioridade em nosso país, portanto é imprescindível que não haja cortes nestas áreas, pois o grande desafio do Brasil para a próxima década é valorizar o ensino, estimular a convergência dos padrões de acesso ao conhecimento e principalmente erradicar a pobreza. Só assim, formaremos indivíduos cada vez mais interessados pela C,T&I e teremos conseqüentemente maior reconhecimento em termos mundiais”, afirmou.

Prêmios

Durante as comemorações ocorreu o lançamento da XXV edição do Prêmio Jovem Cientista com o tema “Cidades Sustentáveis”, por meio da assinatura do Termo de Cooperação Técnica entre o CNPq, o Ministério da Ciência e Tecnologia, a Gerdau, a Fundação Roberto Marinho e a General Electric do Brasil (GE), a mais nova parceira do Prêmio.  “Há 130 anos a nossa empresa foi fundada por Thomas Edson. Então não é coincidência o apoio da GE ao Prêmio Jovem Cientista. Nós precisamos inovar, reinventar, pensar de forma diferente” afirmou o presidente da GE no Brasil, João Geraldo Ferreira.

Outra novidade foi o lançamento da 1ª edição do Prêmio de Fotografia Ciência e Arte, voltado para a comunidade acadêmica e científica, que pretende fomentar a produção de imagens com a temática de C,T&I para criar um banco de imagens e o anuário brasileiro da fotografia cientifica. As inscrições estarão abertas entre 12 de junho e 12 de agosto de 2011. 

Homenagens

Os ex-presidentes Carlos Alberto Aragão de Carvalho Filho; Erney Felício Plessmann Camargo; Esper Abrão Cavalheiro; Evando Mirra de Paula e Silva; Gehard Jacob; José Dion de Melo Teles; Lindolpho de Carvalho Dias; Marco Antonio Zago; Maurício Matos Peixoto e Roberto Figueira Santos receberam troféu comemorativo aos 60 anos do Conselho. O professor Lynaldo Cavalcanti, falecido em janeiro deste ano, recebeu homenagem póstuma.

Representando os ex-presidentes, Aragão destacou a liderança do CNPq para construir um forte sistema nacional de Ciência e Tecnologia. “O CNPq foi a semente que gerou essa bela árvore do conhecimento que nos trouxe à condição de país emergente”. Além de lembrar os desafios que precisam ser superados, como encontrar formas para desenvolver o país com consciência sócio-ambiental.   

Na ocasião, o vencedor do concurso para escolher a logomarca alusiva aos 60 anos do CNPq, Arnaldo da Silva Mota, recebeu o prêmio das mãos do presidente da Agência.  Os 19 servidores do CNPq que completaram 25 anos de serviços prestados a Agência, em dezembro de 2010, também foram homenageados com a placa comemorativa “Prata da Casa”, como reconhecimento à fundamental contribuição para a excelência dos resultados da agência.

Honrarias

Durante a cerimônia aconteceu a outorga do título de Pesquisador Emérito e Menção Especial de Agradecimento, respectivamente concedida a pesquisadores que prestaram relevantes contribuições ao desenvolvimento científico e tecnológico do país, e instituições colaboradoras que incentivaram o crescimento, desenvolvimento, aprimoramento e divulgação do CNPq na missão de fomento a pesquisa e formação de recursos humanos para a pesquisa em todas as áreas do conhecimento.

Em 2011 foram cinco agraciados. O sociólogo Gabriel Cohn, o engenheiro Evando Mirra de Paula e Silva e o médico Zilton de Araújo Andrade receberam o título de Pesquisador Emérito. Já a Fundação Conrado Wessel (FCW) e a Secretaria de Política para as Mulheres (SPM) receberam a Menção Especial de Agradecimento da agência.

Mirra, que teve a tarefa de representar os pesquisadores eméritos, afirmou que o CNPq teve um papel fundamental no avanço da Ciência brasileira. “É uma honra muito grande receber o título de Pesquisador Emérito. E essa conquista não é só minha, mas essencialmente coletiva, pois ciência não se faz no isolamento, nem sozinho, deve ser sim compartilhada com toda comunidade cientifica, dialogada com parceiros e transferida em serviços para a sociedade”, completou.

Selo de qualidade

Para homenagear o aniversário da agência, o Ministério das Comunicações e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos lançaram o selo personalizado e o carimbo comemorativo alusivos aos 60 anos do CNPq. “O dia de hoje é um marco importante na história das pesquisas científicas no Brasil, pois o CNPq exerce papel de vanguarda da pesquisa científica no Brasil”, afirmou o presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, Wagner Pinheiro de Oliveira.

Fotos: Carlos Cruz 



Fonte: Assessoria de Comunicação Social do CNPq (link da notícia)



Nota do Boletim:

A ex-Presidente da SBQ e atual membro do Conselho Consultivo da SBQ e do Conselho Deliberativo do CNPq, Profa. Vanderlan da S. Bolzani (UNESP), esteve presente na cerimônia dos 60 anos do CNPq e falou para o Boletim da SBQ.

"Faço duas leituras sobre os 60 anos de existência do CNPq, comemorado em Brasília, na Sala Vila Lobos do Teatro Municipal. A primeira é sobre o seu papel na criação e consolidação da estrutura de ciência e tecnologia nacional, inexistente há 60 anos. Mais que evidente, é marcante, o significado da Instituição CNPq para todo o arcabouço de pesquisa que se tem hoje, e para o que se pretende construir para o futuro", disse Vanderlan Bolzani.

"A segunda, por mais que se tenha no momento uma economia relativamente favorável, diante dos indicadores internacionais, ela só será de fato efetiva, se tivermos um sistema educacional sólido e de qualidade em todos os cantos e recantos do Brasil, constituído de um sistema de pesquisa e inovação ousado e competitivo, com aportes financeiros constantes, sem cortes e sem quedas influenciados por intempéries políticas. Nos 60 anos do CNPq, o melhor presente que toda a comunidade científica pode dar a Instituição é um clamor em uníssono encaminhado a presidente Dilma pela manutenção das verbas destinadas a pesquisa, no momento de ajuste fiscal e pela sua ampliação o quanto antes, para que tudo que foi construído com tanto trabalho e dedicação antes não retroceda ao passado que ninguém quer lembrar", completou Vanderlan Bolzani.



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