Boletim Eletrônico Nº 937 .: Notícias :.

         A formação deficiente no ensino médio deve encontrar solução em projetos governamentais abrangentes, mas pode ser, também, objeto de iniciativas pontuais da universidade. Essa é a visão que norteia o programa Química em Ação, implantado pela Comissão de Extensão do Instituto de Química da Unicamp, em 2009, e que se propõe a auxiliar a formação de alunos da rede pública.
         O programa tem duas vertentes: Química em Ação na Universidade e Química em Ação na Escola. No primeiro, os organizadores montaram um ciclo de palestras e oficinas de trabalho em laboratório que, este ano, receberá, na UNICAMP, 50 alunos do ensino médio das escolas de Campinas e municípios da região. O evento acontecerá na próxima semana, de 19 a 23 de agosto.
         Os participantes, dentro de um universo de 114 escolas públicas, foram selecionados com base em uma redação sobre o tema “Química do Cotidiano”. Para avaliá-la , a Comissão contou com o auxílio da Secretaria da Educação do Estado. Levou-se em conta a indicação da escola e o histórico escolar do aluno. A proposta é mostrar a química como parte da vida e do cotidiano e “desmistificar” a ciência fazendo com que os estudantes considerem a carreira científica quando estiverem diante da escolha para o vestibular. O programa teve início no ano passado trabalhando então com um grupo de 25 estudantes.
         No caso do subprograma Química em Ação na Escola, que começou em 2010, a Comissão elaborou uma grade de 12 palestras – “Saúde e Nutrição: a Química dos Alimentos” e “As Cores da Química”, entre elas – preparadas por professores do IQ. As apresentações podem ser solicitadas pelas escolas, durante todo ano, através da Diretoria de Ensino da Secretaria da Educação. Fernando Sigoli, professor do IQ e coordenador do subprograma, conta que essa articulação com a Secretaria é necessária pois pode ocorrer de a escola não ter os recursos adequados para atender à apresentação. Quando isso acontece os alunos são remanejados para outra instituição. Para dar forma ao programa, Sigoli baseou-se na experiência com projeto semelhante que já realizara na UNESP de Araraquara. Pouco divulgado nos primeiros meses do ano, o Química na Escola começa a atrair a atenção de responsáveis pelos órgãos de ensino: hoje já existem 19 solicitações de palestras encaminhadas à Comissão. Clique aqui para mais informações.

Fonte: Carlos Martins (Assessoria de Imprensa da SBQ)