7/7/2011
I SMEQ 2011
Encontro mineiro vai analisar novos cenários da licenciatura em química
Com a abertura de concursos públicos nas universidades federais para a área de ensino de química, a partir de 2005, a especialidade passou a atrair um número maior de pesquisadores gerando um novo grupo de mestres e doutores. Seis anos depois, parte desses profissionais, já com a experiência da pós-graduação, começa a imprimir um novo cenário na formação da licenciatura. Discutir a evolução desse quadro é um dos objetivos do I Simpósio Mineiro de Educação Química, que acontecerá de 7 a 10 de outubro, na Universidade Federal de Viçosa.
"Eles já vêm com uma nova visão sobre o processo educacional e o papel do professor", observa a coordenadora do encontro, Aparecida de Fátima Andrade, da UFV. Essa visão preocupa-se principalmente em incorporar o lastro de estudos e metodologias desenvolvidos nos últimos anos por docentes de várias instituições do país. Assim como assume uma postura mais reflexiva no relacionamento com o estudante, em oposição às práticas tradicionais que concentravam-se na transmissão de conteúdo.
"De seis anos para cá, todos os projetos pedagógicos dos cursos de licenciatura na região foram reformulados", lembra Helder Eterno da Silveira, da Federal de Uberlândia, um dos palestrantes do Simpósio. Isso significa que o graduando tem diante de si um curso com atribuições voltadas mais claramente para o ensino, que não se confunde com o do bacharelado. É um processo de evolução baseado em dois aspectos: a busca da qualidade do ensino que se pratica e a qualidade das condições de trabalho dos professores, onde se inclui a remuneração.
Um foco principal do encontro é a aproximação com professores do ensino médio, convidados a participar dos debates, diz o coordenador científico do evento, Vinícius Catão de Assis Souza, também da UFV. Ele nota que, no caso da Federal de Viçosa, as ações em busca da mudança vêm ocorrendo através de uma série de projetos como cursos de formação continuada, realização de feiras de ciências e acompanhamento do trabalho pedagógico. A receptividade a essas ações por parte dos professores é até maior do que a esperada, constata.
O Simpósio procura também resgatar a ligação com outros encontros regionais realizados anteriormente. A sequência se interrompeu em 2003, registra a coordenadora Aparecida de Fátima Andrade, mas os professores avaliaram ser o momento oportuno para retomar essa iniciativa, inserindo-a, inclusive, nas comemorações do Ano Internacional da Química.
Veja a programação do Simpósio
Fonte: Carlos Martins (Assessoria de Imprensa da SBQ)
|