1/9/2011

Nota de Falecimento: Profa. Fúlvia Maria L. G. Stamato

(1948-2011)

É com pesar que comunicamos o falecimento da professora Fúlvia Maria Luisa Gravina Stamato, ocorrido no dia 27 de agosto em São Paulo. A professora Fúlvia foi docente e pesquisadora da Universidade Federal de São Carlos no período de 1972 até 1993, quando se aposentou.

Fulvia foi casada com o engenheiro José Stamato da USP-SC, com quem teve três filhos - Daniela, médica; Adriana, advogada e administradora; José, agrônomo. Do segundo casamento, com o químico José Carlos Nogueira, teve a filha Lígia, comunicadora social.

A professora Fúlvia realizou o curso de graduação em Química no Instituto de Química da UNESP de Araraquara e mestrado em Físico-Química pela USP-SCarlos, em 1977, orientada pelo Prof. Andrejos Korolkovas. Sua pesquisa versou sobre o tema dos receptores histamínicos H2. Sob a orientação do professor Ricardo Ferreira, defendeu sua tese de doutorado, em 1983, com o título "Mecanismo de reação enzimática de serino proteases". Realizou pós-doutorado em 1986, na Universidade de Londres.

Enquanto professora do Departamento de Química da UFSCar desenvolveu pesquisas no CMDMC-LIEC em química teórica e ministrou cursos com competência e criatividade. Após a aposentadoria, ainda na UFSCar, foi diretora institucional da FAI (Fundação de Apoio Institucional ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e esteve à frente da Secretaria Geral de Informática. .

Sua trajetória de pesquisadora a conduziu a vários países da Europa (Espanha, França e Suécia) e aos EUA, onde participou ativamente no desenvolvimento de inúmeras pesquisas em farmacologia e enzimologia. Uniu o desenvolvimento do conhecimento ao seu frutífero relacionamento com diferentes grupos de pesquisa nacionais e internacionais.

Ademais da seriedade e competência profissional, Fúlvia era portadora da arte de ensinar e se relacionar com estudantes e colegas da UFSCar. Sempre à procura do novo em pesquisa, conseguiu lograr resultados importantes para o desenvolvimento da ciência, dom levado a vários países nos inúmeros congressos dos quais participou.

Em minha memória ficarão sempre registrados seu sorriso cativante e sua maneira ímpar de enfrentar as adversidades que a vida lhe impôs. Guardarei lembranças do cotidiano de nossas parcerias em pesquisa e de nossa amizade desde os tempos da graduação em Araraquara em 1966. Nesses 45 anos de convivência, pude ter a graça de partilhar de sua fidelidade e de seus princípios nobres, marcadores de valores e coerência que lhe eram imanentes.


Fonte: Elson Longo (UNESP)