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8/9/2011

Presidente do CNPq destaca a importância dos INCTs para o desenvolvimento científico


Reunir pesquisadores de universidades brasileiras, independentes de sua localização, que atuam em uma mesma área, com o intuito de impulsionar o desenvolvimento científico e tecnológico nacional. Esse é o objetivo dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs).

O programa de incentivo à pesquisa, criado em 2009 e que reúne 122 institutos, é uma iniciativa do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) e das Fundações e Entidades de Amparo à Pesquisa (FAPs).

Além dos INCTs, o CNPq tem outros dois programas de fomento: o Edital Universal, que financia projetos individuais de pesquisas de todas as áreas do conhecimento, e os fundos setoriais, beneficiadores anuais de editais temáticos.

Para o presidente do CNPq, Glaucius Oliva, a relevância dos INCTs está no fato de que têm "uma missão importante de trabalhar em rede, no sentido de congregar as principais competências que o país tem em uma determinada área temática. Então é uma ciência que se faz pelo tema de foco e não pela especialidade ou disciplinaridade de quem propõe".

Missões - Oliva também ressalta que os INCTs têm como propósito fazer pesquisa da melhor qualidade, buscando sempre a fronteira do conhecimento. Pela característica de longo prazo, permitem que pesquisadores trabalhem com projetos mais complexos, que requerem amadurecimento e trabalho intenso.

Além disso, tem a transferência de conhecimento como outra missão primordial, direcionada tanto para setor produtivo, empresas parceiras dos INCTs, quanto para a sociedade em geral, por meio de políticas públicas.

A comunicação com a sociedade, resultante de atividades educativas e de difusão científica, também é uma característica marcante do projeto, pois assim "a sociedade passa a compreender e valorizar a importância da ciência na vida cotidiana das pessoas. Esse é o único jeito de conseguirmos sustentabilidade para a ciência como um todo", afirma o presidente do CNPq.

Para Oliva, os INCTs representam hoje o que há de mais moderno internacionalmente na forma de fazer ciência. A forma antiga, dos séculos 19 e 20, pela qual o cientista e seus alunos pesquisavam sozinhos determinado tema em seu laboratório, está sendo substituída pela atual, que leva em conta as demandas sociais, analisando o problema - e não a disciplina – de forma multidisciplinar –, em um contexto mundial, buscando otimizar avanços científicos.

É neste novo cenário que os INCTs fazem toda a diferença. As universidades ainda mantêm uma estrutura muito disciplinar, baseada em departamentos e institutos. Por sua vez, a ciência requer ações mais abrangentes e integradas. "Por isso, os INCTs são tão importantes, eles oferecem essa oportunidade de se fazer uma ciência mais ampla, e isso faz com que esse programa tenha importância central para o CNPq, para o MCTI e principalmente para a ciência nacional", destaca Oliva.

Sistemas Embarcados - O Instituto Nacional de Sistemas Embarcados Críticos (INCT-SEC), por exemplo, reúne pesquisadores do Amazonas ao Rio Grande do Sul, extremos do país, integrando um total de 12 instituições de ensino, além de empresas, atuantes em áreas estratégicas, como agricultura, segurança e defesa nacional, aviação e meio ambiente.

Em novembro de 2010, foi feita, em Brasília, a primeira avaliação internacional dos INCTs, na qual os participantes puderam apresentar os resultados obtidos. Para Oliva, o INCT-SEC ocupou um espaço importante neste evento, demonstrando inclusive aplicações dos veículos aéreos não tripulados (VANTs), resultado de acordo com empresas parceiras. (Com informações da Ascom do INCT-Sistemas Embarcados Críticos)



Fonte: Assessoria de Comunicação Social do CNPq (link da notícia)





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