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3/11/2011

 

Fim da patente do Lipitor desafia Pfizer


Por Alan Rappeport | Financial Times, de Nova York

A Pfizer, o maior laboratório farmacêutico mundial em termos de receita, informou que uma forte linha de produtos em desenvolvimento e um foco renovado em inovação vão impulsionar a empresa depois que o Lipitor, medicamento de sucesso arrasador para o controle dos níveis de colesterol, perder sua patente americana, no fim deste mês. O Lipitor, o remédio mais vendido do setor farmacêutico e que representa cerca de 20% das vendas da Pfizer nos Estados Unidos, ficará exposto à concorrência da parte de fabricantes de genéricos a partir de 30 de novembro. Ian Read, o principal executivo da Pfizer, garantiu que a empresa está "bem-preparada" para a perda, com planos instaurados para respaldar a marca e para continuar gerando receita por meio dela mesmo depois da quebra de seu monopólio.

"Empenhamo-nos arduamente em maximizar o valor da marca e em posicioná-la o melhor possível antes da perda da exclusividade", disse Read. Em julho, a Pfizer conseguiu prorrogar por seis meses sua patente do Lipitor na maioria dos países da União Europeia, o que rendeu exclusividade até maio de 2012. A empresa também pretende distribuir uma versão genérica "autorizada" do medicamento por meio da Watson Pharmaceuticals e estuda a possibilidade de tentar vender uma versão do remédio que dispense apresentação de receita médica. "Há, obviamente, a intenção, em algum momento, de tentar formular e ter uma versão do Lipitor sem receita médica no mercado", disse Read a analistas.

No entanto, a Pfizer reconheceu que o "penhasco da patente" será um golpe para suas vendas, observando que, no terceiro trimestre, o fim de patentes vão cortar US$ 950 milhões, ou 6%, da receita.

Les Funtleyder, analista e administrador de investimentos da Miller Tabak, estimou que a Pfizer conseguirá manter cerca de 40% do mercado do Lipitor em 2012 e que seria aconselhável continuar tentando manter seus monopólios em outros mercados pelo maior período possível. "Quanto mais a Pfizer puder conservar maior parcela de participação de mercado de um medicamento que gera US$ 12 bilhões ao ano, melhor", disse. "[O Lipitor] movimenta milhões de dólares ao dia."

A Pfizer elevou suas perspectivas para 2011, mas advertiu que as preocupações macroeconômicas da Europa e os potenciais cortes do orçamento dos Estados Unidos por parte de uma "supercomissão" do Congresso são motivo de apreensão. No entanto, a empresa informou que seus lucros do terceiro trimestre dispararam devido ao aumento da demanda por parte dos mercados emergentes e à venda de sua divisão Capsugel.

O lucro líquido do terceiro trimestre subiu para US$ 3,7 bilhões, ou US$ 0,48 por ação, comparativamente aos US$ 866 milhões, ou US$ 0,11 por ação, de igual período do ano passado. Os resultados superaram as expectativas dos analistas. Os resultados também se beneficiaram de um encargo de US$ 1,5 bilhão que deprimiu seus lucros um ano atrás.

A receita ano a ano da Pfizer aumentou 7%, para US$ 17,2 bilhões. Também no comparativo anual, a receita mundial, que responde por 60% das vendas da Pfizer, cresceu 15%, enquanto as vendas nos Estados Unidos recuaram 3%. Em abril, a Pfizer vendeu a Capsugel para a KKR por US$ 2,4 bilhões, dando início de seu plano de reestruturação. A empresa pretende alienar ou desmembrar como companhia independente as divisões de nutrição e veterinária, na tentativa de centrar seu foco. Read disse que tomará decisões sobre as divisões no ano que vem e que as cisões ocorrerão, provavelmente, até meados de 2013.





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