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09/09/2010


TENDÊNCIAS

Um novo cenário mundial para os fabricantes de cosméticos

          Dado o potencial do país para se tornar um grande produtor de cosméticos verdes, as empresas do setor acompanham com atenção os debates do mercado internacional em busca de regulamentação para a fabricação de produtos. A discussão está voltada, principalmente, para a definição do que é um cosmético verde, orgânico ou natural. A importância disso para os fabricantes brasileiros é a possibilidade de acesso a um mercado mundial estimado em US$ 10 bilhões, em 2010, segundo projeções da consultoria Organic Monitor. Esse é um dos temas do segundo Seminário Internacional Tecnologia Verde em Cosméticos, que acontecerá de 28 a 30 de setembro, em São Paulo, promovido pela Associação Brasileira de Cosmetologia, ABC.
          O diretor técnico da ABC, Emiro Khury, explica que o mercado internacional convive hoje com dois cenários em mudança. Na Europa, a preocupação do consumidor em assegurar-se sobre a origem de produtos adquiridos como orgânicos levou nos últimos anos ao surgimento de empresas certificadoras independentes, com diferentes linhas de ação. Esse movimento conduziu ao surgimento de uma organização de padronização, a Cosmetic Organic Standard, COSMOS, cujo conjunto de normas deverá ser formalizado em 2010 e 2011. A certificação não tem força de lei mas acaba funcionando como uma baliza para o mercado e para o comércio internacional.
          Nos EUA, embora a FDA, Food and Drug Administration não se posicione a respeito de cosméticos, surgiram também entidades certificadoras, pois a pressão do consumidor leva os fabricantes a serem transparentes sobre produtos orgânicos, naturais ou verdes. Para o diretor da ABC seria uma tendência natural os norte-americanos seguirem as referências europeias de certificação baseando-se na COSMOS.
          A dificuldade para os fabricantes está no fato de a classificação acompanhar toda cadeia produtiva, que começa na plantação, passa pela extração, separação de frações e industrialização. Ele dá como exemplo o plantio do amendoim para utilização do óleo vegetal em cosméticos. Para o produto ser certificado como orgânico é necessário que a terra do plantio tenha passado de 3 a 5 anos sem intervenção de agentes externos. O proprietário de um terreno onde foi plantada soja, por exemplo, deverá esperar esse período para obter o amendoim destinado à extração de óleo. No caso da Europa, observa, a possibilidade de contar com terras não utilizadas é muito restrita, o que não acontece no Brasil.
          O país oferece vários fatores positivos para os aqui sediados, considera, como a grande diversidade biológica e também a vantagem de já contar com uma “marca”, isto é, ser reconhecido internacionalmente como fonte de produtos naturais para cosméticos A pesquisa realizada no país pela universidade também mostra um bom potencial para ganhos tecnológicos. Essa experiência tem ocorrido em atividades como a certificação de vegetais não geneticamente modificados, ou identificação de moléculas com princípios ativos para a fabricação de novos produtos.
          O seminário tem programadas 23 apresentações de palestrantes nacionais e internacionais. Entre elas “Legislação Internacional e Estratégia para Ingredientes e Formulação de Cosméticos Naturais”. Veja a programação completa.




Fonte: Carlos Martins (Assessoria de Imprensa da SBQ)




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