Boletim Eletrônico Nº 956 .: Notícias :.

          Um dos projetos de maior amplitude no âmbito das políticas de CT&I do país, o Programa dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia, iniciado no final de 2008, pelo CNPq, teve, durante os dias 23 e 24 de novembro, em Brasília, sua primeira etapa de avaliação. O Programa criou até agora 122 institutos, agrupados em oito áreas temáticas: Ciências Agrárias e Agronegócio, Energia, Engenharia e Tecnologia da Informação, Exatas, Humanas e Sociais Aplicadas, Ecologia e Meio Ambiente, Nanotecnologia, e Saúde. Esta última, a maior, com 33 Institutos.
          Os resultados das avaliações deverão ser elaborados nos próximos meses, mas um dos desdobramentos da reunião foi permitir que cada participante conhecesse o trabalho dos outros INCTs. A avaliação, no conjunto, foi positiva, segundo declarou à Agência Fapesp o coordenador do INCT em Sistemas Embarcados Críticos (INCT-SEC), José Carlos Maldonado, professor do Instituto de Ciências Matemáticas e Computação da USP. A reunião mostrou também, entretanto, que existem dificuldades em especial na gestão das próprias redes e em aspectos legais da aplicação de recursos. “Isso é natural, porque se trata de um programa inovador, que mudou os paradigmas de relações estruturantes e de articulação das instituições científicas no Brasil”, afirmou.
          O modelo de implantação do Programa procurou articular grupos de pesquisa, organizados regional ou nacionalmente, para atuação em rede, com planos de trabalho claramente definidos. O sistema é financiado com recursos de entidades públicas federais e estaduais, entre as quais se destacam o CNPq, FINEP, CAPES, Petrobras, BNDES, Ministério da Saúde e fundações de amparo à pesquisa. De acordo com informações do CNPq, foram destinados ao Programa R$ 600 milhões para custeio, capital e bolsas, em diferentes modalidades.
          Dois aspectos conferem importância particular ao Programa. Um é o grande número de grupos de pesquisa e de instituições envolvidos, agregando o trabalho de pesquisadores de quase todos os estados brasileiros. Outro é a abrangência da relação de projetos, que contemplam todos os segmentos avaliados como estratégicos para o desenvolvimento de CT&I no país.
          Projetos de pesquisas em nanotecnologia, por exemplo, são realizadas por 11 INCTs, abrindo a perspectiva de adensamento da produção científica e tecnológica nesse campo, nos próximos anos. A área de ecologia e meio ambiente soma a participação de 18 INCTs, entre eles o de “Áreas Úmidas” que entrou em atividade recentemente, tem sua sede na Universidade Federal de Mato Grosso, e reúne 173 pesquisadores. Em 2011, dois novos institutos serão criados para a área de Ciências do Mar.

Fonte: Carlos Martins (Assessoria de Imprensa da SBQ)