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16/12/2010


Formação profissional ganha peso na agenda da indústria química

          Vivendo hoje uma situação de pleno emprego, a indústria química brasileira passa a incluir entre suas preocupações a de conviver com falta de profissionais qualificados, nos níveis médio e superior. A análise não considera somente a quantidade dos ingressantes no mercado de trabalho, mas, também, o perfil de quem vai ocupar os postos em uma área onde crescem as exigências por técnicos com uma mentalidade flexível, criativa e atenta às transformações de ordem tecnológica. “Quando olhamos as deficiências que temos em termos de números e qualidade, nas escolas técnicas de nível médio, esse me parece ser o ponto de estrangulamento que precisa ser corrigido com brevidade”, constata o diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria Química, Abiquim, Eduardo José Bernini. A entidade realizou, no último dia 10, seu encontro anual, momento em que apresenta o balanço do período e projeções para os anos seguintes.
          Existem, na visão do diretor executivo da Abiquim, problemas imediatos a serem resolvidos no tocante à demanda por profissionais. A forma de responder a essa necessidade seria a criação de programas emergenciais de qualificação e requalificação no âmbito das escolas técnicas “para que o país não venha a paralisar neste momento de investimentos. Porque nós não podemos esperar que uma nova geração chegue ao mercado dentro de 3 a 4 anos”. Um caminho seria, também, voltar esse esforço para profissionais de áreas afins, acrescentando à sua formação os conteúdos exigidos que venham a complementar as carências específicas do setor químico.
          “Provedora de soluções”. Colocando essa preocupação em uma perspectiva mais ampla, Bernini aponta para o Ano Internacional da Química como o momento propício para o empenho em sensibilizar a sociedade brasileira sobre a importância da química no desenvolvimento do país, como uma “provedora de soluções e não de problemas”. Uma das principais tarefas, em tal contexto, é construir uma mensagem para os “jovens que estão ainda naquela fase de decisão profissional, de escolha de carreira, a se engajarem em carreiras técnicas, ligadas à ciência”. Essa seria uma “verdadeira revolução na medida em que nós venhamos a fazer a inclusão desses jovens, não em carreiras que, de certa forma, hoje estão saturadas, mas nas novas fronteiras do conhecimento, pelo lado da ciência, porque isso faz a diferença”, considera, lembrando os exemplos da Coréia, da China e, atualmente, da Índia.
          Longo prazo. A capacidade de articular essas questões no longo prazo está no foco dos estudos que a Abiquim vem realizado. Bernini reporta-se à palestra proferida por Delfim Neto no evento de final de ano da associação e recupera a análise do economista. Em 2030 o Brasil deverá ter cerca de 220 milhões de habitantes e precisará gerar 150 milhões de empregos para a população economicamente ativa, entre os 16 e 65 anos. Empregos, observa, que não poderão ser criados no setor primário. Deverão surgir no setor secundário, na indústria de transformação, e no setor de serviços, com profissionais aptos a competirem em uma economia global. A interpretação desse cenário não pode ser feita, entretanto, com o raciocínio “puxa, quando chegarmos a 2030 que `problemão´ nós vamos ter”. Na verdade, constata, “o problema de 2030 já está sendo vivido hoje”.
          Recuperação. Afetada pela crise mundial de 2008, a indústria química brasileira mostra indicadores de recuperação que estão consolidados no faturamento projetado para este ano. Os US$ 130,2 bilhões obtidos, representam um aumento de 29% sobre o ano anterior, mas de 6,6% sobre 2008. Na divisão por áreas, o segmento de produtos químicos para uso industrial responde por US$ 63,8 milhões do total. A seguir vem o de produtos farmacêuticos, com US$ 19,9 milhões, higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (US$ 13,8 milhões) e adubos e fertilizantes (US$ 11,8).



Fonte: Carlos Martins (Assessoria de Imprensa da SBQ)






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