Boletim Eletrônico Nº961 .: Notícias :.

1. Editorial

A Pós-graduação em Química no Estado do Rio Janeiro. Novos rumos

           A pós-graduação em Química do Rio de Janeiro, desde a sua criação, em 1963, com os cursos de Química Orgânica e de Bioquímica do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro, passou sempre por altos e baixos. O momento atual é de alta, mas com um pouco mais de esforço e de coordenação da comunidade química do Estado, é possível nos próximos 5 anos dar um salto “quântico”. Para que isto ocorra, será necessário que os coordenadores dos programas de pós-graduação, com o apoio dos seus corpos docentes, tracem metas objetivas e busquem a colaboração entre seus programas.

           No Rio de Janeiro há 9 programas de pós-graduação em Química (Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Núcleo de Pesquisas de Produtos Naturais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Instituto Militar de Engenharia, Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Universidade Federal Fluminense, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro) com um total de cerca de 650 pós-graduandos, entre mestrandos e doutorandos, e cerca de 150 docentes permanentes. A relação pós-graduando/orientador é aproximadamente 4. Há espaço tanto para o aumento do número de estudantes como o de orientadores. Estes números podem aumentar, por exemplo, incorporando aos programas de pós-graduação os pesquisadores produtivos e com o título de doutor das instituições de pesquisa e desenvolvimento do Rio de Janeiro. Basta citar apenas 4: Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (CENPES)/Petrobras, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Instituto Nacional de Tecnologia (INT) e Farmanguinhos/FIOCRUZ. Com a criação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFETs) a procura dos alunos desses institutos pelos programas de pós-graduação irá aumentar, mesmo porque muitos alunos dos IFETs fazem sua Iniciação Científica nas universidades do Estado.

          Em um universo da dimensão do da pós-graduação de Química do RJ, deve-se pensar na integração dos programas do Estado, por exemplo, através do ingresso único à pós-graduação, oferecimento de disciplinas comuns, orientações conjuntas, “workshops” temáticos e atividades acadêmicas e culturais. A integração é benéfica e a sua concretização beneficiará a todos os programas, que, certamente, alcançarão conceitos mais altos na CAPES e, o que é mais importante, seus mestres e doutores terão melhor qualificação.

          Remar nesse sentido é fundamental para que os programas de pós-graduação de Química do Rio de Janeiro deem o salto “quântico”. Os remos estão na água à espera de braços que os movam sincronizadamente.

Angelo C. Pinto

Fonte: Fernando de Carvalho da Silva (UFF)

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