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Boletim Eletrônico Nº 964

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27/1/2011


Continuidade e expansão vão nortear a política do CNPq, diz novo presidente


Glaucius Oliva

Além de ter assegurado pela lei orçamentária anual um crescimento de 10% em seus recursos para 2011, o CNPq, assim como aconteceu no ano passado, deverá contar com outras fontes para apoiar suas ações. Em particular, o Fundo Nacional para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico, FNDCT, que, em 2010, somou a participação de 677 milhões de reais. Ao mesmo tempo, a principal agência de fomento do país é caudatária de projetos feitos em convênios com os diversos ministérios quando se trata de iniciativas voltadas para ciência e tecnologia. Com esse suporte, o novo presidente do CNPq, Glaucius Oliva, cuja posse está marcada para hoje, às 16h30, em Brasília, pretende dar continuidade e expandir o trabalho que o órgão desenvolveu nos últimos anos. Nesta entrevista exclusiva para o Boletim Eletrônico ele fala sobre a importância do comprometimento dos pesquisadores com uma nova etapa da área de CT&I do país, na qual a pesquisa precisa olhar para os grandes problemas nacionais. E cita o papel de difusor do conhecimento desempenhado pela Reunião Anual da SBQ. A SBQ estará representada na posse do novo presidente do CNPq, pelo secretário geral da entidade Adriano Andricopulo.

Crescimento. Haverá continuidade total no trabalho do órgão com a nova gestão, diz Glaucius Oliva. Tanto no que se refere à preocupação com inovação tecnológica, quanto à modernização dos sistemas de avaliação e acompanhamento. Assim como no que se refere à captação de recursos para atender a grande expansão do sistema nacional de C&T que nos últimos anos incorporou cerca de 15 mil pesquisadores. “Precisamos aumentar os recursos para atender essa demanda.”

Orçamento. Além do orçamento próprio, o CNPq tem se beneficiado muito dos recursos do FNDCT que somaram 677 milhões de reais em 2011. Isso permitiu sustentar programas como os dos INCTs, manter editais universais, os editais verticais dos fundos setoriais, programas de pós-graduação em áreas estratégicas, o programa RAHE e atividades em parceria com os Estados.

A nova pesquisa. No período de crescimento das atividades científicas no país, depois da década de 1980, o principal desafio era produzir ciência em larga escala e envolver toda a comunidade acadêmica nesse processo. O importante era que as pessoas conseguissem publicar os seus trabalhos. Para esse objetivo fazia muito sentido ter instrumentos de avaliação e acompanhamento que estimulassem essas atividades. Foi o que aconteceu, tanto no CNPq quanto na CAPES. Hoje temos outros desafios, que não são só nossos, são de todo o mundo. Fazer da ciência um instrumento de desenvolvimento da humanidade e do planeta e abordar os grandes problemas nacionais. Isso implica em abordagens multidisciplinares. Em profundidade na pesquisa, em qualidade, em relevância. Não basta mais fazer ciência com o pesquisador com seus alunos dentro do laboratório, publicando 10 papers por ano, formando dois alunos de mestrado e dois de doutorado. Claro que isso é muito importante, mas o trabalho precisar ter foco. Os resultados não vão ser medidos apenas com o número de publicações ou o número de citações, mas também com outros fatores. O quanto está contribuindo para a economia do país, para a força de trabalho, para as políticas públicas ou para a inovação industrial.

A química e a SBQ. O país alcançou um ciclo econômico muito bom, porém ainda é fortemente dependente da produção e exportação de commodities. Não podemos nos esquecer que se o país quiser chegar ao lugar de quinta economia do mundo vai precisar de um forte programa de industrialização. E nesse programa a química é essencial. “Veja a área de fármacos, por exemplo, na qual a gente tem uma dependência internacional praticamente total na produção de ativos farmacêuticos. Ora, para dar esse salto nós precisamos de jovens se interessando por ciência, pela química, pelas engenharias.” E para isso as atividades de divulgação, como aquelas programadas para o Ano Internacional da Química vão ser muito importantes. Foi por essa razão que o MCT e o CNPq se engajaram nessas iniciativas, várias delas capitaneadas pela SBQ. Quero parabenizar a SBQ pelo trabalho que vem realizando, não apenas pela congregação e pela divulgação, através de suas reuniões anuais, mas também pela excelência com que está conduzindo suas revistas científicas e pelos resultados que tem alcançado. Eles são fruto do trabalho da diretoria e também da pujança da comunidade, da qual eu tenho a satisfação de participar. Sou membro da SBQ na Divisão de Química Medicinal e acho que é uma atividade exemplar.



Fonte: Carlos Martins (Assessoria de Imprensa da SBQ)




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