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20/3/2014



37ª REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA
O papel da Química no cenário econômico atual:
competitividade com responsabilidade


Nanoestruturas para transformar a luz do sol em combustível


Além dos avanços conseguidos nas últimas décadas no uso de energia limpa, a pesquisa dedicada a produzir combustíveis a partir da fonte solar mostra novas alternativas promissoras. Uma delas está no trabalho de Lifeng Liu, do International Iberian Nanotechnology Laboratory (INL), de Braga, Portugal. Com foco no desenvolvimento de nanomateriais para obter energia renovável, as pesquisas de sua equipe investem no que seria uma solução ideal do ponto de vista de sustentabilidade: gerar hidrogênio a partir da água, utilizando luz do sol para uso em células a combustível. Lifeng Liu vai apresentar a conferência Solar fuel production based on rationally designed nanoestructures na 37ª Reunião Anual da SBQ.

O trabalho de Liu está voltado para a identificação e síntese dos materiais nanoestruturados que permitem fazer a conversão direta de energia solar em energia química. O processo emprega técnicas de fotoeletrólise da água com o auxílio de semicondutores que absorvem a luz e a convertem em energia. A arquitetura de tais materiais busca o maior nível de eficiência para alcançar a conversão, explica a professora Lúcia Helena Mascaro, do Departamento de Química da UFSCar.

Os resultados obtidos até agora são bastante promissores quanto à eficiência do processo, observa. Mas, como é normal no trabalho científico, a possibilidade de chegar à a aplicação dessa técnica depende ainda de outras etapas que mostrem sua viabilidade em escala industrial. Obter hidrogênio a partir de uma matriz totalmente limpa, isto é, a água, é uma perspectiva que acena com ganhos em vários aspectos. Permitiria, por exemplo, construir desde pequenos dispositivos para alimentar um notebook até microusinas de abastecimento de energia.

Lifeng Liu é formado pela Academia Chinesa de Ciências, trabalhou em seu pós-doutorado no Max Plank Institute, da Alemanha, e em 2011, formou seu grupo de pesquisa no International Iberian Nanotechnology Laboratory (INL), organismo sustentado pelos governos de Portugal e Espanha.


Fonte: Carlos Martins (Assessoria de Imprensa da SBQ)






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