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24/07/2014



Governo fará nova licitação para reconstruir base na Antártida


Edital para a obra teve seu valor máximo estipulado em US$ 110,5 milhões

Quase dois anos e meio após o incêndio que destruiu 70% da Estação Comandante Ferraz, base brasileira na Antártida, o governo vai tentar licitar pela segunda vez a reconstrução da unidade. A Secretaria Interministerial para os Recursos do Mar (Secirm) anunciou ontem o lançamento de novo edital para a obra, que teve seu valor máximo estipulado em US$ 110,5 milhões. Vence a concorrência o grupo que cobrar o valor mais baixo pelo serviço.

Diferentemente da primeira tentativa de licitação da obra, no início do ano, desta vez o certame foi estendido a empresas internacionais, que têm expertise em obras no continente gelado. Segundo o secretário da Secirm, o contra-almirante Silva Rodrigues, demonstraram interesse na licitação empresas da China, Coreia do Sul, Alemanha e Inglaterra, além de um consórcio formado por chilenos, espanhóis, italianos e monegascos (de Mônaco).

Anunciada em janeiro deste ano, a primeira licitação foi suspensa por falta de interessados. Restrita a empresas nacionais, a concorrência tinha preço-teto de R$ 147 milhões e esbarrou, segundo o secretário, em um temor dos potenciais investidores em relação aos riscos cambial e ambiental do projeto. Os elevados custos de mão de obra, segundo apurou o Valor, também contribuíram para a falta de interesse das empresas brasileiras na licitação para a obra da base.

A expectativa é que agora os grupos nacionais busquem parcerias com os estrangeiros. Segundo o comandante Geraldo Juaçaba, responsável pela reconstrução, estão no páreo as chinesas Baosteel e CRBC, a alemã Kaeffee e a sul-coreana Hyundai, entre outras. As construtoras brasileiras Andrade Gutierrez e Performance também demonstraram interesse, de acordo com Juaçaba.

O reajuste do valor da obra em relação à primeira licitação é explicado basicamente por uma alteração na parte das fundações do projeto. Um estudo geotécnico encomendado pela Marinha demonstrou que a camada de gelo abaixo do terreno era bem maior do que se imaginava anteriormente.

O edital do projeto vai ser publicado amanhã no site da Marinha, mas o prazo de 45 dias para a entrega das propostas só deve começar a valer a partir de sábado, dia 26, quando a publicidade nos veículos de comunicação internacionais estiver concluída. A expectativa é que a abertura dos envelopes com a habilitação econômico-financeira das empresas interessadas na concorrência ocorra no próximo dia 3 de setembro.

O início das obras de reconstrução está previsto para acontecer entre outubro deste ano e março de 2015, no chamado "verão antártico", único período em que é possível trabalhar na região. A entrega da nova estação foi projetada para março de 2016, mas as condições climáticas vão determinar o ritmo dos trabalhos. "É claro que questões supervenientes poderão mudar o cronograma", admitiu o secretário da Secirm.

Além dos estragos e da morte de dois militares, o incêndio na estação Comandante Ferraz prejudicou as pesquisas científicas feitas na região, sobretudo nas áreas de biologia e oceanografia. Algumas atividades desenvolvidas pelos cientistas brasileiros na base foram retomadas em novembro de 2013, em instalações provisórias.

Fonte: MurilloCamarotto/Valor Econômico
http://www.valor.com.br/brasil/3621228/governo-fara-nova-licitacao-para-reconstruir-base-na-antartida#ixzz38CrHWNJV

Outra matéria sobre o assunto
Folha de S. Paulo
Marinha lança nova licitação de R$ 245 milhões para reconstrução de estação antártica






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