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19/11/2014



Fiocruz apresenta sistema de monitoramento participativo de emergência de zoonoses (SISS-Geo) na Suécia


O Centro de Informação em Saúde Silvestre da Fiocruz participou de 27 a 31 de outubro na cidade de Jönköping, Suécia, do TDWG 2014. O evento reuniu este ano, a maior delegação brasileira desde o primeiro congresso, com representantes da Fiocruz, JBRJ (Jardim Botânico do Rio de Janeiro), LNCC (Laboratório Nacional de Computação Científica) e USP (Universidade de São Paulo).

A conferência é realizada anualmente desde 1985 em diferentes países pelo TDWG (Biodiversity Information Standard), uma organização internacional independente que contribui de forma expressiva para os esforços em promover a investigação e aplicação de métodos relacionados ao desenvolvimento do uso sustentável da biodiversidade.

O TDWG tem origem no Taxonomic Databases Working Group e foi criado para promover a colaboração internacional entre pesquisadores das áreas da biologia e informática e bancos de dados de espécies.

Atualmente o grupo está focado no desenvolvimento de padrões de compartilhamento de dados biológicos de biodiversidade abrangendo dados genômicos, de distribuição de espécies e climatológicos, entre outros.

Este ano o evento contou com aproximadamente 200 participantes de vários países que apresentaram trabalhos sobre o tema principal: Aplicações e Padrões de Dados para uso sustentável da biodiversidade.

No simpósio dedicado às plataformas emergentes, o professor Eduardo Krempser apresentou o Sistema de Informação em Saúde Silvestre - SISS-Geo, desenvolvido pela Fiocruz em parceria com o LNCC (Laboratório Nacional de Computação Científica).

Após a apresentação do SISS-Geo, o secretário executivo do Consortium for the Barcode of Life (CBOL), organização internacional do Smithsonian Museu de História Natural, Doutor David Schindel, declarou na plenária que "a Fiocruz e as outras instituições que participam do SISS-Geo estão explorando uma nova e entusiasmante forma de uso para as coleções científicas e que certamente irão atrair a atenção global". (*)

Doutor Schindel ressaltou ainda que "Doenças emergentes como o Ebola no oeste da África estão mostrando a importância das coleções científicas e seus bancos de dados para detecção antecipada, caracterização e controle de doenças infecciosas. O SISS-Geo está demonstrando uma liderança mundial por meio de novas parcerias, redes de dados, procedimentos padrões de operação e uma nova cultura de cooperação para coleções científicas" (**).

Para o Doutor Schindel, o TDWG "está promovendo novos padrões de dados, novas abordagens de softwares e a Fiocruz e os parceiros do SISS-Geo estão entre os participantes mais ambiciosos e avançados do congresso por disponibilizar uma ferramenta capaz de gerar benefícios tangíveis para a sociedade. Este é um exemplo de como o investimento público em pesquisa científica, coleções e recursos de dados digitais podem gerar grandes dividendos". (***)

Outros sub temas foram apresentados como acessos a ferramentas de digitalização e métodos, capacitação para digilatização, arquitetura baseada em nomes para relacionamento de dados de biodiversidade, ecologia e informática da conservação, implementação de formato "audobon core"para implementação de dados em multimídia e uso de literatura para uso sustentável da biodiversidade.

No simpósio sobre fluxos e serviços de informática em biodiversidade apresentaram seus trabalhos o Doutor Luiz Gadelha do SIBBr (Sistema de Informação sobre a Biodiversidade (Workflows Científicos Escaláveis com Suporte a Proveniência para Modelagem de Distribuição de Espécies) e Allan Koch da Universidade de São Paulo (Qualidade de dados de biodiversidade adaptados para workflows científicos). Durante o simpósio, relavantes discussões e avaliações foram levantadas acerca da atribuição de autoria e permissão de uso de dados advindos de sistemas colaborativos.

No conjunto de trabalhos direcionados aos projetos com contribuições para a ciência cidadã (Citizen Science and CrowdSourcing), a Professora Marcia Chame da Fiocruz, apresentou a aplicação da ciência cidadã ao SISS-Geo como uma alternativa para o monitoramento de doenças emergentes provenientes da biodiversidade (Citizen Science: an alternative for monitoring emergent diseases arising from biodiversity in Brazil).

Outros projetos mostraram aplicações, métodos e experiências baseadas na participação cidadã: digitalização de pesquisas de espécies, dados sobre animais e plantas, monitoramento marinho na bacia mediterrânea por mergulhadores amadores, plataforma de ciência cidadã dedicada a identificação de plantas e monitoramento botânico e como criar acessos à tratamentos taxonômicos.

No simpósio - Qualidade de Dados de Biodiversidade, Questões, Métodos e Ferramentas, coordenado pelo brasileiro Doutor Antonio Mauro Saraiva da USP, Livia Abdalla, do Centro de Informação em Saúde Silvestre apresentou o poster "Mitigação dos erros posicionais dos dados para a modelagem de oportunidade ecológica de ocorrência de doenças do Sistema de Informação em Saúde Silvestre – SISS-Geo.

Doutor Saraiva, que é membro representante da América Latina no conselho executivo do TDWG, relatou ao CISS que embora hoje já existam padrões de dados para a biodiversidade, é preciso uma atualização contínua e a criação de novos padrões para outros tipos de dados relacionados.

Dr Saraiva ressaltou que o SISS-Geo apresentado pela Fiocruz e LNCC caracteriza a participação brasileira no papel mais de ator e menos de expectador e traz a questão da saúde especificamente.

Em depoimento ao CISS, a presidente do TDWG, Cinthya Parr declarou "que um dos eixos importantes da conferência este ano foram as discusssões em torno das colaborações e que é muito entusiasmante ver a evolução da biologia genômica com a ecologia trabalhando juntas para combinar bancos de dados". (****)

Cyntia afirmou ainda que "alguns problemas tecnológicos podem ser solucionados com o amadurecimento de parcerias e que o Brasil pode criar grandes oportunidades e ainda que "o grande desafio é a qualidade dos dados e atributos dos organismos". (****)

"A Fiocruz vem mostrando que tem uma alta capacidade de participar das questões e discussões sobre as relações entre a biodiversidade e a saúde, do ponto de vista do acervo secular das coleções da Fundação e dos sistemas de informação que podem potencializar serviços", declarou a professora Marcia Chame, coordenadora do Centro de Informação em Saúde Silvestre.

Equipe da Fiocruz no TDWG 2014: Marcia Chame, Eduardo Krempser, Rita Braune e Livia Abdalla.


Fonte: Centro de Informação em Saúde Silvestre
http://www.biodiversidade.ciss.fiocruz.br/fiocruz-apresenta-sistema-de-monitoramento-participativo-de-emerg%C3%AAncia-de-zoonoses-siss-geo-na








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