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27/11/2014



Finep aguarda aval do CMN para virar banco


Com quase R$ 15 bilhões em ativos, a Finep vai encerrar 2014 pronta para se tornar oficialmente uma instituição financeira. Com um tamanho que a posiciona como a quinta maior pública do país, atrás de Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES e Banco do Nordeste, a instituição cumpriu todas as exigências para ser reconhecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Projeção - "Em quatro anos podemos passar o Banco do Nordeste", diz o diretor financeiro e de controladoria, Cláudio Guimarães Júnior, que trabalha pela transformação da instituição em uma Agência Nacional de Inovação, ainda mais independente do Ministério da Ciência e Tecnologia do que é hoje.

Ativos próprios - Ele conta que os ativos próprios - a maior parte provenientes do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) - e do Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia foram segregados. A contabilidade também está sendo transferida do Sistema de Acompanhamento Financeiro (Siafi) para a Contabilidade do Sistema Financeiro (Cosif), o modelo contábil do Banco Central. A partir daí, falta apenas a aprovação do CMN, que permitirá à instituição acessar novas fontes, como o Fundo Social, criado com recursos do pré-sal.

Ironia - Funcionário de carreira do BB, Guimarães ironiza tanto empenho para ser fiscalizado pelo Banco Central. Diz que no BC ninguém entende. Mas afirma que, com o volume de recursos operados pela Finep hoje, isso deveria ser uma exigência. "Fizemos uma grande arrumação na Finep. Conseguimos recuperar mais de R$ 190 milhões em créditos e limpamos os balanços. "Havia operações em aberto do Plano de Qualidade Total, da década de 80", conta.

Novos produtos - Também na estratégia de dar mais segurança à operação da instituição, o diretor conta que a empresa está preparando dois novos produtos para complementar seu cardápio: um seguro garantia, para reduzir os custos de fiança e um cartão de crédito.

Contrato padronizado - Para o seguro, a Finep negocia um contrato padronizado com duas seguradoras. "Elas se comprometeram a trabalhar com o seguro, mas queremos um contrato padrão para que as empresas possam procurar as condições mais adequadas", diz. As conversas incluem uma companhia suíça e um banco nacional, mas o executivo não abriu os nomes. Já o desenho do cartão está em fase de planejamento. Ele pretende conversar com o próprio Banco do Brasil a respeito, além de considerar a possibilidade de ter várias bandeiras no portfólio. O objetivo é facilitar a operação da Finep, e reduzir custos. "Queremos que o governo e quem quer que pense em inovação no Brasil, pense na Finep, como pensa no BNDES quando o assunto é infraestrutura."


Fonte: Valor Econômico








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