05/02/2015
CNPq lança medida para apoiar internacionalização das sociedades cientÃficas
Proposta prevê customizar anuidade de convênios com órgãos internacionais
Com o intuito de intensificar os laços da ciência brasileira com órgãos internacionais, o governo criou uma medida que prevê o apoio financeiro para internacionalização das sociedades cientÃficas do Brasil.
A iniciativa consta da chamada pública nº 045/2014, publicada na última sexta-feira, 30, pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e Tecnológico (CNPq).
A medida prevê o pagamento da anuidade de convênios que forem realizados entre sociedades cientÃficas do Brasil e entidades correlatas de referência mundial, disse com exclusividade ao Jornal da Ciência o diretor da área de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde do CNPq, Marcelo Morales.
A chamada pública prevê investimentos de R$ 600 mil nos próximos três anos, provenientes do orçamento do CNPq. O valor para cada proposta apresentada pelas sociedades cientÃficas brasileiras será de R$ 30 mil, no máximo. Diante de restrições orçamentárias, Morales reconhece, porém, que nem todas as sociedades cientÃficas poderão ser beneficiadas.
A ideia da medida é promover o intercâmbio entre profissionais brasileiros e do exterior e contribuir consideravelmente para o desenvolvimento cientÃfico do Brasil. Segundo Morales, hoje a maioria das sociedades cientÃficas brasileiras não tem condições financeiras de arcar com a anuidade prevista em convênios com órgãos internacionais.
Caminhos convergentes
Para Morales, é fundamental aumentar cada vez mais o estÃmulo para inserir a ciência brasileira no cenário internacional.
"Sabemos que a colaboração cientÃfica do Brasil tem crescido lado a lado com os avanços obtidos pela nossa ciência em época recente, e que os esforços para internacionalização devem ser contÃnuos e de longo prazo", disse Morales, também professor associado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ex-coordenador do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), vinculado ao MCTI, e ex-presidente da Sociedade Brasileira de BiofÃsica (SBBF).
Segundo Morales, o apoio público ao estÃmulo da internacionalização das sociedades cientÃficas é uma prática de paÃses desenvolvidos. "A maioria dos paÃses tem recursos reservados para que as sociedades cientÃficas se vinculem a organizações internacionais correlatas."
(Viviane Monteiro/ Jornal da Ciência)
Previsão de resultados:
Organização conjunta de eventos cientÃficos, de formação e de informação, bem como escolas nacionais e regionais, cursos, palestras e fóruns;
Sediar eventos mundiais no Brasil, o que fortalece não apenas as interações cientÃficas e tecnológicas, mas também estimula aumentar o fluxo do turismo de alto poder aquisitivo;
Aperfeiçoamento e dinamização da gestão dos instrumentos de cooperação, diversificar e expandir as parcerias estratégicas com paÃses desenvolvidos e em desenvolvimento;
Intensificação de parcerias e participação em projetos internacionais;
Maior mobilidade de pesquisadores inseridos em projetos conjuntos, o que poderia estimular aumento de demanda qualificada a programas como o Ciência sem Fronteiras.
Fonte: CNPq
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