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25/06/2015



Maior universidade multicampi do mundo é 100% custeada pelas indústrias de Manaus


Universidade do Estado do Amazonas (UEA) é a única do País presente em todas as cidades de um único estado, com cursos voltados à vocação natural e demanda profissional de cada município. Subiu 28 posições no ranking da Folha de S. Paulo em apenas um ano e meio. Meta é estar entre as melhores até 2018

Arrecadação de impostos e contribuições de quase R$ 20 bilhões por ano e geração de milhares de empregos não são os únicos legados das empresas com produção na Zona Franca de Manaus. Juntas, as 550 indústrias instaladas na região financiam integralmente a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), somando investimentos anuais de cerca de R$ 400 milhões, que garantem a manutenção do ensino e pesquisas realizadas pela instituição.

Maior universidade multicampi do planeta, a UEA é motivo de orgulho para a indústria e também para todo o País. Única presente em todas as cidades de um estado, o feito é ainda mais relevante por se tratar do Amazonas, com suas dimensões continentais e regiões isoladas pela natureza e infraestrutura precária. Os deslocamentos na região demandam longas horas e até dias de barco para se chegar aos municípios mais remotos. As provas de vestibular da UEA chegam a pequenas cidades de canoa, muitas vezes embaixo de forte chuva.

O mais interessante desta onipresença no Amazonas é que não se trata de oferecer qualquer curso em qualquer lugar e sim realmente levar desenvolvimento a todos os cantos do estado. Os cursos são oferecidos de acordo com a vocação natural de cada cidade e também de acordo com sua demanda. Por exemplo, se foi identificado que faltam professores de História ou Geografia em determinado município, são implantados cursos de licenciatura destas matérias no local. Este notável trabalho fez a UEA pular em apenas um ano e meio da 105ª posição do ranking das universidades do Brasil do jornal Folha de S. Paulo, o RUF, para o 77º lugar. A meta é estar entre as 30 melhores do País até 2018.

Impossível não se impressionar com a gestão do reitor Dr. Cleinaldo Costa, responsável por promover toda esta revolução na educação superior do estado. Médico formado pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e doutor pela Universidade de São Paulo (USP), é professor da UEA desde sua criação em 2001. Foi eleito à reitoria em 2013. "É importante entender o papel estratégico da UEA para o desenvolvimento do estado. Nossa gestão visa fortalecer grupos e linhas de pesquisa com laboratórios ultramodernos e aprofundar a relação com o setor produtivo para preparar profissionais para o Polo Industrial de Manaus", afirma.

"A universidade é pensada para promover a interiorização do desenvolvimento no estado, utilizando todas as suas vocações naturais. O Amazonas não produz commodities e sim produtos de valor agregado. A intenção é melhorar a qualidade da graduação e fortalecer as cadeias produtivas não predatórias. Não queremos preparar profissionais para aplicar seus conhecimentos em outros lugares do País e do mundo e sim formar mão-de-obra qualificada para nosso próprio estado. Chega de exportar nossos intelectuais, precisamos deles aqui", analisa o reitor. "Precisamos mudar este cenário. Hoje 90% da atividade produtiva do estado está concentrada na capital".

Para atender a indústria que os financia, a universidade conta com 15 cursos de Engenharia, como Mecânica, de Produção e Naval, por exemplo. Para isso formou parcerias fundamentais, como com a Samsung, que construiu na universidade um laboratório de desenvolvimento de software no valor de R$ 40 milhões. O laboratório gerou dois cursos de graduação e três de pós. Dois mil alunos já passaram por lá em apenas um ano. Além da Coreia, sede mundial da empresa, o Centro de Capacitação Samsung Ocean só existe em São Paulo e na UEA em Manaus, sendo o único instalado dentro de uma universidade. Com visual moderno, o Ocean foi inspirado na arquitetura das grandes empresas de criação do mundo e qualifica aspirantes a empreendedores de start-ups, desenvolvedores de jo gos e aplicativos móveis. "Este laboratório representa um marco na história da UEA na relação com as indústrias instaladas no PIM", avalia Cleinaldo. A Microsoft também investiu US$ 20 milhões em um laboratório de análise de materiais na UEA. Outras empresas da Zona Franca estão investindo em laboratórios de robótica e automação.

Outro projeto importante é o Green Ocean Amazon, o GOAmazon, que tem como objetivo produzir conhecimento científico sobre a atmosfera, formação de nuvens, precipitação de chuva e medir níveis de poluição na área urbana de Manaus. O projeto é realizado através de parceria entre Brasil e Estados Unidos e investirá R$ 24 milhões em pesquisa. "Através do projeto, alunos e professores poderão fazer intercâmbio no exterior, ampliar seus conhecimentos e voltar para desenvolver pesquisas na região amazônica", declara Rodrigo Souza, coordenador de projetos institucionais da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UEA. Os dados adquiridos com a pesquisa serão usados por estudantes e docentes da UEA e da USP ao longo dos próximos dez anos. O Google também fechou parceria com a UEA. O objetivo é disponibilizar plataformas para melhorar o ensino e a aprendizagem em sala de aula, possibilitando o uso de ferramentas como Google Drive, Docs e Sites, entre outros.

Para cobrir a imensa área de 62 cidades, a UEA investe pesado em seu corpo docente. Ampliou os concursos e oferece 158 vagas de doutorado aos seus professores. Em convênio com a FEA/USP, a universidade oferece 22 vagas para o doutorado interinstitucional em Administração. A UEA conta com 50 cursos de graduação, oito de mestrado, dois doutorados e 100 de pós-graduação latu sensu. São 26 mil alunos, sendo que metade está no interior do estado. De 1.110 docentes, 80% são concursados e destes, 501 são mestres e 261 são doutores. A taxa de doutores no corpo da universidade aumentou 30% em apenas um ano e meio.

A UEA tem parceria com 40 universidades no exterior, entre elas a conceituada Harvard. "Vamos ampliar a parceria com a Harvard através do GOAmazon, projeto inédito de sensoriamento remoto. Além dos intercâmbios de Engenharia e Medicina, trazendo também alunos de lá em acordo de cooperação técnica", revela Cleinaldo. Vale destacar ainda o convênio Riken Japão para pesquisas de Biotecnologia. "Vamos firmar também uma parceria inédita com a South Korea University. Precisamos descobrir como esses caras conseguem estar no topo da tecnologia mundial há 30 anos", avisa o reitor.


Fonte: Assessoria de Imprensa do Centro da Indústria do Estado do Amazonas – CIEAM
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