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22/10/2015



Diretor de Pesquisa da Dow fará conferência na 39ª RA


Químico inglês é responsável pelos centros de pesquisa e desenvolvimento na América Latina e quer estreitar cooperação entre indústria e universidades


Diferentemente da maioria de seus pares, o químico John Biggs não passa o dia entre laboratórios e sala de aula. Ele é diretor de Pesquisa e Desenvolvimento para América Latina, para a Dow, uma das maiores indústrias químicas do mundo, e sua rotina de trabalho inclui visitas aos centros de pesquisa e equipes sob sua jurisdição. Biggs vai fazer uma conferência na 39ª Reunião Anual, que será realizada em Goiânia de 30 de maio a 2 de junho de 2016.

John Biggs, da Dow: "Precisamos cada vez mais conectar os projetos de pesquisa com as necessidades da indústria. Esta união é positiva para os dois lados e deve ser a nossa meta"

"Estou muito animado para participar da Reunião Anual da SBQ e ter a chance de trocar ideias com os químicos", contou Biggs ao Boletim da SBQ. "Vou tentar levar um pouco sobre a visão das multinacionais sobre o negócio e a importância da pesquisa." A Dow, empresa fundada nos Estados Unidos, atua em diversos segmentos da indústria e produz insumos para os setores automotivo, de construção civil, agrícola, bens de consumo e muitos outros. A empresa mantém grandes centros de pesquisa fundamental nos EUA, Europa e China.

"No Brasil a pesquisa é mais focada em desenvolvimento de novas aplicações e soluções locais, nas áreas de plástico e agrícola", explica Biggs. Ele informa que são cerca de 200 químicos (de graduados a doutores) e mais 100 técnicos laboratoriais que formam o cerne da equipe de pesquisa e desenvolvimento da empresa no Brasil.

Biggs observa que como a Dow é uma indústria "business to business", ou seja, que produz bens utilizados por outras empresas e não pelo consumidor final, é uma marca pouco conhecida do grande público. "Temos o grande desafio de mostrar para as pessoas o valor da indústria química e o que fazemos para dar mais qualidade à vida das pessoas", afirmou.

O químico, formado em química e ciências dos polímeros pela South Bank University, em Londres, classifica a ciência em dois tipos, de acordo com o olhar da indústria. "Tem o que chamamos de ciência interessante e o que chamamos de ciência valiosa. Para uma indústria como a Dow, que tem a missão de produzir coisas úteis para o ser humano, investimos nossos esforços na ciência valiosa."

Biggs destaca que as oportunidades de carreira para jovens químicos em uma grande indústria química vão além dos laboratórios. Existem carreiras que exigem conhecimento científico nas áreas de regulação de produtos, comercial e de mercado também. "O desenvolvimento é muito rápido pelo ritmo do mercado. Temos que trabalhar com os clientes dos nossos clientes para entender suas necessidades e podermos responder rapidamente com melhorias", disse o executivo da Dow.

A empresa mantém programas com algumas universidades, como USP, Unicamp e UFSCar e quer estreitar este relacionamento. "Precisamos cada vez mais conectar os projetos de pesquisa com as necessidades da indústria. Esta união é positiva para os dois lados e deve ser a nossa meta", concluiu Biggs.

Para saber mais sobre a Dow Brasil:
http://www.dow.com/brasil/


A 39ª Reunião Anual da SBQ será no Centro de Convenções de Goiânia, de 30 de maio a 2 de junho de 2016.

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Texto: Mario Henrique Viana (Assessor de imprensa da SBQ)








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