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Boletim Eletrônico Nº 1307

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01/03/2018



41ª RA: Temática sobre a química da vida traz diferentes aspectos de processos biológicos


Química de fluxo, criomicroscopia eletrônica e rotas de biossíntese serão temas tratados

Três divisões científicas da SBQ se uniram para organizar a sessão temática "A Química da Vida: da Célula ao Reator", na 41ª Reunião Anual da SBQ, que será realizada em Foz do Iguaçu, de 21 a 24 de maio. Serão três conferências relatando avanços recentes do desenvolvimento da química para entender processos biológicos, e na exploração de biomoléculas para diferentes aplicações. "A ideia surgiu em uma das reuniões de preparação para a RASBQ em conversas com os professores Rafael Guido (USP), diretor da Divisão de Química Medicinal, e Roberto Berlinck (IQSC-USP), diretor da Divisão de Produtos Naturais", conta o professor Maurício Moraes Victor (UFBA), diretor da divisão de Química Orgânica. "As três conferências se integram para evidenciar como a síntese química biológica e não biológica são ferramentas poderosas para serem investigadas e exploradas do ponto de vista de aplicações", explica o professor Roberto Berlinck (IQSC-USP), diretor da Divisão de Produtos Naturais.

Gregory Challis, Marin Van Heel, e Rodrigo Souza: três pesquisadores com visões complementares sobre a química e os processos biológicos

Cada divisão ficou responsável então por convidar um palestrante. Pela DQO, o conferencista será o professor Rodrigo Octavio Alves de Souza (UFRJ), um dos maiores especialistas no Brasil em química do fluxo. A DQM convidou o biofísico holandês Marin van Heel, doutorado na Universidade de Groningen, um dos pioneiros da criomicroscopia eletrônica – técnica que permite a visualização de proteínas dentro das células, e que levou o Nobel de Química de 2017. Van Heel hoje trabalha no Laboratório Nacional de Nanotecnologia, em Campinas. "Ele tem um trabalho excelente, foi um dos quatro a desenvolver a técnica que rendeu o Nobel a outros três. Sua conferência será uma grande contribuição à 41ª RASBQ", afirma o professor Rafael Guido (USP), diretor da Divisão de Química Medicinal.

Completa a sessão, convidado pela DPN, o britânico Gregory Challis, da Universidade de Warwick, que tem se dedicado a investigar a fundo detalhes do metabolismo secundário de bactérias. Isso inclui rotas incomuns de biossíntese, enzimas que catalisam reações de grande interesse para a química de síntese, bem como aspectos metabólicos relacionados aos micro-organismos investigados que buscam relacionar a expressão do metabolismo às características intrínsecas dos micro-organismos, como patogenicidade, por exemplo.

"Esperamos fomentar o debate sobre os temas apresentados e estimular pesquisadores e alunos a conhecer pesquisa de fronteira realizada pelos pesquisadores participantes", resume o professor Berlinck.

O professor Rodrigo Octavio Alves de Souza falou com o Boletim SBQ:

Em linhas gerais, o que irá falar na conferência?
As células que fazem parte de nosso organismo funcionam como reatores sincronizados que realizam milhões de reações químicas ao longo do dia com extrema eficiência e simplicidade, através do uso de catalisadores químicos e biológicos. Nesta conferência tentarei mostrar como a técnica de fluxo contínuo se inspira nesta realidade e tenta trazer os ensinamentos celulares para dentro dos laboratórios química orgânica, com o objetivo de melhorar a eficiência dos processos químicos a serem desenvolvidos para uma série de moléculas importantes na área da saúde.

Poderia comentar avanços recentes obtidos com seu grupo de pesquisa em flow chemistry?
Flow Chemistry não é uma técnica nova, muito pelo contrário, sempre foi utilizada na indústria de petróleo e gás. Porém a sua utilização na confecção de moléculas pequenas e complexas, principalmente no ramo farmoquímico, começou a ficar mais evidente no início dos anos 2000. De lá para cá muita coisa já mudou e hoje já existem reatores miniaturizados capazes de atender demandas de toneladas. O exemplo mais marcante talvez seja a colaboração entre a Novartis e o MIT onde foi possível desenvolver um reator do tamanho de uma geladeira duplex que parte da matéria-prima e chega ao produto final formulado (comprimidos) continuamente, sem a interferência humana.

Como avalia o trabalho dos seus companheiros de painel?
São pesquisadores fantásticos muito bem estabelecidos internacionalmente e acredito que será muito interessante vermos os tópicos sendo complementados durante esta sessão temática.


Texto: Mario Henrique Viana (Assessoria de Imprensa da SBQ)








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