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02/05/2019



42ª RA: Eixos mobilizadores e o futuro da Química


Simpósio reúne academia, indústria e setor de inovação para discutir rumos e perspectivas em um cenário difícil

A proposta do simpósio que dá nome à 42ª Reunião Anual da SBQ – Eixos Mobilizadores em Química é levantar a discussão sobre o futuro num momento delicado para a pesquisa científica no País. Há muitas incertezas sobre o financiamento do trabalho científico, e as sociedades científicas estão em alerta. O Simpósio será conduzido pelo presidente da SBQ, professor Norberto Peporine Lopes (FCFRP-USP), e terá a participação dos professores Jailson Bittencourt de Andrade (Senai-Cimatec), pró-reitor de pesquisa e pós-graduação do Centro Universitário Senai-Cimatec; Jorge A Guimarães (UFRGS), diretor da Embrapii; e de Fernanda Furlan, executiva da área de fármacos da BASF para América Latina.

Fernanda Furlan (Basf), Jailson Bittencourt de Andrade (Senai-Cimatec) e Norberto Pepoprine Lopes (FCFRP-USP): "Esse é um momento crítico para o país e as Sociedades Científicas devem se empenhar em preservar a Ciências e Tecnologia."

"Esse simpósio foi pensado em virtude das perspectivas de incertezas que vivíamos no início da organização da RASBQ", conta Peporine Lopes. "Esse é um momento crítico para o país e as Sociedades Científicas devem se empenhar em preservar a Ciências e Tecnologia."

Para o professor Jailson (que presidiu a SBQ entre 1996 e 98), a pesquisa científica no Brasil vive um paradoxo: perspectiva de crescimento no longo prazo, mas uma crise de alto impacto no curto prazo. "O momento atual é exasperante! Corte de recursos em nível de 40% é catastrófico para toda a CT&I", declara. Segundo ele, no caso especifico da Química o impacto será muito maior, pois trata-se de uma área primordialmente experimental, que envolve atualização, manutenção e operação de equipamentos, uso intenso de insumos sólidos líquidos e gasosos e manutenção de pessoal altamente qualificado e treinado. "O desmonte de uma equipe é como um rio. Você nunca o atravessa o mesmo rio duas vezes... Desmontar uma equipe de pesquisa experimental não tem retorno em curto prazo..."

Ele vai além: "A redução continuada recursos para CT&I é altamente preocupante e desestimulante. Mas nos últimos três anos os recursos orçamentários para CT&I foram integralmente cumpridos! No quadro atual, os recursos continuam diminuindo e não temos qualquer garantia de que os que constam do orçamento serão alocados. Com a situação atual o desânimo está se generalizando..."

Nesse contexto, o professor Jailson falará um pouco sobre as ações da SBQ nos últimos 15 anos, especialmente as relativas à educação e ciência, e sobre o papel que a Química terá no futuro. "Acredito que as pessoas que defendem a ciência são também as que defendem a educação: Não existe ciência, tecnologia e inovação sem uma educação plena e de qualidade. Por outro lado, estas 'pessoas' devem ter em mente (e nas ações) que educação e ciência são atividades de Estado. Como tal, não pertencem a Partidos Políticos e ou correntes ideológicas", afirma.

Fernanda Furlan, formada em ciências farmacêuticas pela USP, trará para as discussões a experiência da Basf – uma das maiores indústrias químicas globais – em sua trajetória à chamada "indústria 4.0", ou seja a adoção de tecnologias digitais e inovações tecnológicas nos processos e produtos desenvolvidos pela empresa. "Meu foco no Simpósio será como a química pode ser digital, o mundo na era da Indústria 4.0. A digitalização é um dos tópicos centrais da nova estratégia corporativa da BASF. A fim de acelerar a transformação digital na BASF, as divisões operacionais, funcionais e de pesquisa, bem como as unidades corporativas, desenvolveram um roteiro digital a ser implementado nos próximos anos", conta a executiva.

A presença da indústria química é uma constante nas últimas Reuniões Anuais da SBQ, o que tem ajudado a reforçar laços entre os setores de pesquisa nas universidades e no setor produtivo, e a trazer uma nova perspectiva de trabalhos conjuntos. "Considero de extrema relevância o trabalho conjunto entre universidades e setor produtivo, não somente para o desenvolvimento de produtos que o mercado busca, mas para trazer inovações que contribuam para uma produção mais efetiva, com menos gastos energéticos e de recursos, que seja mais sustentável para o nosso planeta", afirma a executiva.


Texto: Mario Henrique Viana (Assessoria de Imprensa da SBQ)








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