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23/05/2019



42ª RA chega em um momento crucial para estudantes, professores e pesquisadores


Temas críticos como os programas de pós-graduação, e oportunidades, como a celebração da tabela periódica, estão na pauta

A 42ª Reunião Anual da SBQ terá início na próxima segunda-feira, em um momento de incertezas no País. Mais do que nunca em sua história a SBQ tem se mobilizado – junto com outras sociedades científicas – para mostrar ao governo, Congresso Nacional e sociedade civil como um todo, a importância do investimento em pesquisa científica e defender a Química a partir de exemplos daquilo que fazemos de melhor: ciência e educação. Essa situação de riscos no Brasil acontece justamente no ano em que a ONU e a IUPAC adotaram como o Ano Internacional da Tabela Periódica, um evento significativo para a divulgação científica.

Os riscos e as oportunidades para a Química e a ciência estão em pauta na 42ª RASBQ desde o primeiro dia do evento, quando será realizado o XVII Workshop de Pós-Graduação em Química (Veja a programação completa aqui), que reúne os coordenadores de dezenas de programas de pós-graduação em Química no País.

Para a Vice-presidente da SBQ, professora Rossimiriam Freitas (UFMG), coordenadora desse Workshop, a situação dos programas se agravou muito desde o início do planejamento do workshop, com cortes de bolsas, suspensão de editais, cortes de verbas destinadas à manutenção de aparelhos e infra-estrutura. “Acredito que será um momento importante de união e reflexão sobre como podemos sair dessa grave situação em que nos encontramos”, declara.

O professor Aldo Zarbin (UFPR), ex-presidente da SBQ, é um dos painelistas: “Vou falar sobre a relação indissociável entre a ciência que se faz no Brasil, a pós-graduação e as universidades públicas. É preciso compreender que sem um sistema forte de universidades públicas, o sistema de pós-graduação entra em colapso”, afirma.

Outro professor convidadopara o painel de discussões é Adriano Monteiro (UFRGS), coordenador da área de Química da CAPES. Segundo ele, no último ano a CAPES vem discutindo melhorias no Sistema de Avaliação da Pós-Graduação, que levam em conta o documento da Comissão Nacional de Acompanhamento do PNPG (Plano Nacional de Pós-Graduação), que colheu sugestões e propostas de entidades e setores envolvidas em pesquisa e pós-graduação (ABC, SBPC, CNPq, MCTIC, FOPROP, etc) e o submeteu ao Conselho Superior da CAPES.  “Algumas mudanças são melhorias incrementais em aspectos já contemplados na última avaliação e poderão ser implementados nesta quadrienal. Estas modificações serão testadas na avaliação de meio termo que se realizará na CAPES em agosto deste ano com a presença dos coordenadores da área. Outras mudanças são mais profundas e estão em estudo e discussão para poderem ser implementadas a partir do início da próxima avaliação quadrienal”, explica o professor, que abordará em sua palestra o panorama da evolução da avaliação da pós-graduação no Brasil.

Na quarta-feira, dia das sessões temáticas, haverá a homenagem aos 150 anos da tabela periódica. “A tabela periódica é um documento supremo, a maior compilação de dados que existe em ciência, e que queremos comemorar, não só a tabela de Mendeleiev, mas de certa forma celebrar o trabalho das mulheres e homens que fazem a Química todos os dias”, conta a professora Claudia Rezende (UFRJ), integrante do Conselho Consultivo da SBQ, e organizadora da Sessão.

Os três palestrantes convidados abordarão aspectos distintos da tabela periódica. O professor Luiz Roberto BrudnaHölze (Unipampa) vai falar sobre a tabela como uma ferramenta de divulgação científica. Ele mantém no ar desde 2009 o site www.tabelaperiodica.org, que acabou crescendo para uma plataforma que reúne mais dois sites, imagens.tabelaperiodica.org e www.emsintese.com.br, e dois perfis no Instagram: @tabelaperiodica e @ligacaoquimica.

“Nosso objetivo é usar a Internet para divulgar vídeos, imagens, textos, informações, histórias, e ensaios – e não criar uma super base de dados técnicos sobre os elementos, que já existe em outros serviços”, explica o professor. “Também não temos o foco de oferecer conteúdo tradicional, optamos pela linha mais da divulgação científica. Por exemplo, a última produção foi uma tabela periódica interativa com minerais, que estará também disponível para imprimir em tamanho gigante.” (veja foto acima)

Outro palestrante convidado é o engenheiro químico Robson de Souza Monteiro, consultor de mercado internacional de nióbio na área de aplicação tecnológica. Formado pela UFMG, com passagem pela COPPE e doutorado na UFRJ, Monteiro falará sobre “elementos críticos”, aqueles que são essenciais ao desenvolvimento tecnológico de países como EUA, China, Japão, e a Europa. “Grande parte das matérias-primas vêm de países africanos e do Brasil. Vou dar um panorama das questões geopolíticas dos principais materiais – a China está fazendo investimentos em várias partes do mundo para ter acesso a minérios, por conta da nova rota da seda – e da segurança para o suprimento desses materiais. Vou falar também sobre o que acontece nas regiões de conflitos fortes, como Uganda e Congo”, adianta Monteiro.

Completa o painel o professor Severino Alves Junior (UFPE), que falará sobre lantanídeos, conceitos e aplicações. “Vou explicar que as terras raras não são terras, nem são raras, mas têm uma grande importância”, conta o professor.

A 42ª Reunião Anual será um momento fundamental para todos os estudantes, professores e pesquisadores, porque nossas decisões de agora podem contribuir para um futuro melhor para a Química no Brasil. Participe!


Texto: Mario Henrique Viana (Assessoria de Imprensa da SBQ)








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