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05/09/2019



Os desafios da Química no Centro-Oeste


Grandes distâncias e falta de recursos são obstáculos a serem vencidos na organização dos encontros regionais

Os encontros regionais de química são fundamentais na formação dos alunos de graduação e pós, que muitas vezes têm, nesses eventos, seu primeiro contato com reuniões científicas e um impulso às suas carreiras. Nesse sentido, o Centro-Oeste é uma região prolífica: enquanto em Brasília cortes no financiamento do sistema universitário são feitos sem dó, os abnegados professores e pesquisadores que formam a SBQ nos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e DF empenham-se em organizar eventos científicos para um público distante dos grandes recursos, e fortalecer a Ciência no País.

No final de agosto, foi realizado o Workshop de Pós-Graduação em Química da UFG; em março, as regionais MS, DF e GO realizaram o III Encontro de Química do Centro-Oeste; esta semana, Pirenópolis (GO) recebe a BrazMedCHem; e a secretária-regional da SBQ-GO, professora Danielle Cangussu (UFG) já está envolvida com a organização do próximo Encontro Regional, que será realizado de 23 a 25 de março de 2020, em Goiânia: "A Química nas fronteiras do desenvolvimento científico e social do Centro-Oeste". O projeto para obter recursos aguarda aprovação do CNPq.

Professora Danielle Cangussu (esq), secretária regional da SBQ-GO, com os professores organizadores do Workshop do PPGQ-UFG: "Temos que estimular a ciência, e assim o desenvolvimento social, com conhecimento e formação de mão-de-obra qualificada para indústrias, escolas e universidades"

"Temos dois desafios principais: a falta de recursos e a grande distância entre as muitas instituições de ensino superior com cursos de química no Centro-Oeste", declara a professora. No encontro realizado em Dourados (MS), houve aproximadamente 160 participantes, grande parte do próprio estado. Para o Encontro de Goiânia, no ano que vem, Danielle espera público maior. "O comitê organizador tem professores de diversas universidades, que estão se organizando localmente para providenciar transporte para os alunos e condições para trazer bastante gente. Nós, aqui em Goiânia, estamos atrás de alojamentos ou hospedagens de baixo custo", explica.

Danielle, que conduz pesquisas em síntese de materiais magnéticos, conta que o tema do próximo Encontro reflete um papel importante que as regionais da SBQ desempenham. "Temos que estimular a ciência, e assim o desenvolvimento social, com conhecimento e formação de mão-de-obra qualificada para indústrias, escolas e universidades."

O evento terá uma conferencista convidada – a professora Elisa Orth (UFPR) – e conferencistas de cada estado participante, além de sessões coordenadas, minicursos, sessões de pôsteres e a atividade SBQ na Escola, dirigida para alunos do ensino médio. Há um concurso em andamento no instagram da SBQ-GO para a logomarca do evento.

O recentemente realizado Workshop da PPGQ da UFG teve mais de 200 participantes, de outras instituições além da anfitriã. O evento comemorou 20 anos do PPGQ, que titulou nesse período 320 mestres e 101 doutores. Este ano o Programa tem 49 mestrandos e 97 doutorandos, mas as perspectivas para 2020 não são boas. "Na UFG temos mantido a produção, mas o número de alunos vem caindo. Entravam 20 a 25 alunos até 2017. No último processo seletivo tivemos procura menor e aprovamos apenas nove, com apenas uma bolsa de doutorado e três de mestrado", explica a professora Danielle, que é vice-coordenadora do Programa. "E pelo que a CAPES comunicou essa semana, ano que vem não teremos bolsas."

O esforço é grande também em Dourados (MS), onde o professor Lucas Pizzuti liderou a organização do III Encontro Regional da SBQ Centro-Oeste, no último mês de março. O evento, realizado com nove mil reais do CNPq e a contribuição da UFGD para os cafés, atraiu 160 químicos, em sua maioria estudantes de graduação.

Professor Lucas Pizzuti (UFGD): "Nosso principal foco nessa região deve ser o estudante de graduação. Procuramos de todas as formas estimular sua participação nos eventos regionais"

"Nosso principal foco nessa região deve ser o estudante de graduação. Procuramos de todas as formas estimular sua participação nos eventos regionais – no Encontro de Dourados premiamos em dinheiro os dois melhores trabalhos de cada área e conseguimos auxílio financeiro para mais de uma dezena de alunos que fizeram o pedido ao comitê organizador do evento", conta o professor, que coordena o Grupo de Pesquisa em Síntese e Caracterização Molecular da UFGD, onde orienta três mestrandos uma doutoranda, quatro alunos de iniciação científica e um pós-doc em pesquisa com preparação e avaliação biológica de compostos heterocíclicos nitrogenados.

Pizzuti ressalta a importância da cooperação entre os integrantes das secretarias regionais da SBQ no Centro-Oeste: "Nós temos uma região grande, com instituições novas, algumas com poucos alunos e recursos, então essa união é fundamental", afirma. "Criamos uma rotina de reuniões presenciais nas Reuniões Anuais da SBQ e nos falamos constantemente para correr em busca de realizar nossos planos."

Para o IV Encontro Regional da SBQ Centro-Oeste, Pizzuti planeja levar um ônibus com alunos de Dourados. "Já conseguimos isso quando o evento foi em Brasília (2018). Vamos conseguir de novo."

Instagram da SBQ-GO: @sbq.regional.go


Texto: Mario Henrique Viana (Assessoria de Imprensa da SBQ)








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