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09/09/2021



JP Conecta


Lychnoflora terá sede própria no Parque Tecnológico de Ribeirão Preto


Empresa surgiu dentro dos laboratórios da FCFRP-USP há 13 anos; pesquisadora-empresária conta os primeiros passos do crescimento

Ouça a íntegra deste JP Conecta aqui.

Em agosto, em reunião entre o Supera, incubadora de Ribeirão Preto, a prefeitura local e a USP, aprovou a primeira planta da construção do novo parque tecnológico da Supera. A contemplada foi a Lychnoflora, empresa surgida dentro da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, que se propôs a desenvolver soluções inovadoras para as indústrias farmacêuticas e de cosméticos, 13 anos atrás.

Thais Guaratini, farmacêutica pela FCFRP-USP, co-fundadora da Lychnoflora. A ideia da empresa começa durante o doutorado, cresceu incubada, ganhou autonomia e agora foi selecionada para integrar o Parque Tecnológico Supera

Desde a ideia inicial, surgida a partir do trabalho de três colegas de pós-graduação e um quarto pesquisador que trabalhava no setor privado, até hoje, quando a empresa conta com mais de 20 profissionais em seus quadros, foram muitos os desafios enfrentados.

"As dores do crescimento não são fáceis", admite Thais Guaratini. Em 2012, quatro anos depois de criada, a Lychnoflora ainda estava instalada na incubadora, ocupando duas salas, sem espaço para a realização das demandas, já em franco crescimento. "Naquele momento tomamos a decisão de reformar uma casa e partimos para nossa primeira sede própria. A partir daquele momento tínhamos aquele sentimento de 'como vamos pagar as contas no mês seguinte?'", conta a pesquisadora-empresária.

Os passos rumo ao sucesso foram muitos, e nem sempre tão grandes como a construção que começará em breve. O laboratório em que Thais fez doutorado tinha a característica de fomentar o relacionamento dos pós-graduandos com as indústrias. "O meu projeto era uma parceria da Fapesp com a indústria, e a partir dali eu comecei a me questionar sobre as oportunidades fora da academia".

Ainda doutoranda, começou a participar de palestras sobre inovação e empreendedorismo, coisas que não eram ensinadas na graduação nem na pós. A ideia fundamental da Lychnoflora era desenvolver tecnologia e transferir para as indústrias. Por exemplo, alguns extratos padronizados que poderiam ser transformados em matéria-prima.

No início, os sócios aprovaram um projeto da Finep e então incubaram a empresa dentro da Supera (a incubadora local). Durante as atividades de consultoria e treinamento na incubadora, ficou evidente a necessidade de validar a ideia com o mercado.

"Nesse processo fomos conversar com muitas empresas, surgiram muitas colaborações, porque as empresas estavam desenvolvendo seus próprios produtos e tinham demandas tecnológicas em que nós podíamos ajudar", lembra Thais. "Essas conversas com a indústria então foram muito importantes para encontrarmos o nosso caminho. "

Outra característica da evolução da Lychnoflora foi a opção por não buscar um sócio investidor em nenhum momento, mas um sócio que já trabalhava na indústria farmacêutica, como forma de agregar conhecimento sobre o mercado e a parte comercial. Na parte financeira, a empresa optou por submeter projetos aos vários órgãos de fomento, como Finep, Fapesp e CNPq. "Tivemos alguns projetos aprovados que foram muito importantes para o suporte ao nosso desenvolvimento tecnológico e também para o auxílio financeiro", afirma Thais.

"A história da Thais mostra alguns passos importantes que todo pesquisador pode seguir caso deseje empreender", reflete o pesquisador Alan Pilon, membro do comitê Jovens Pesquisadores-SBQ, que recebeu Thais para um episódio do podcast JP-Conecta. "A Lychnoflora conseguiu ao longo do tempo estabelecer um vínculo eficiente entre tecnologia e mercado, que é o grande desafio para nós, criados dentro dos laboratórios, com muito conhecimento científico e pouca vivência de mercado."


Texto: Mario Henrique Viana (Assessoria de Imprensa da SBQ)








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