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23/06/2022



Redação vencedora do concurso promovido pela SBQ, categoria escola pública, como parte das ações do movimento Química pós 2022


Química, desenvolvimento e sociedade
Por Lívia Araújo dos Santos e Rafael Augusto Ventura (IFRN – Currais Novos/RN)

Segundo a Alegoria da Caverna, metáfora desenvolvida por Platão, filósofo grego, aqueles que não buscassem o conhecimento estariam fadados à ignorância e alienação. A alegoria mostra-se presente na contemporaneidade, visto que a sociedade tende a estigmatizar a Química pelo conhecimento raso que tem sobre ela, e, consequentemente, permanece sem compreender sua vasta atuação no planeta. Entretanto, ela tem exercido um importante papel para a humanidade em diversos aspectos, destacando-se especialmente por suas contribuições em dois setores: sustentabilidade, por meio da Química Verde, por exemplo, e desenvolvimento econômico, considerando que a indústria Química é base para as demais.

O conceito de desenvolvimento sustentável popularizou-se em 1987, definido pelo Relatório Brundtland como "o desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades", ou seja, o desenvolvimento sustentável consiste, basicamente, na preocupação com questões ambientais, para que os indivíduos, tanto agora quanto no futuro, tenham uma qualidade de vida plena.

Por volta da década de 1990, surge um projeto cujo objetivo é mitigar impactos ambientais causados pelas indústrias, tais como o efeito estufa e a poluição, construindo um planeta mais sustentável. O nome dado a essa iniciativa foi "Green Chemistry", ou, em Português, "Química Verde". John Warner e Paul Anastas, autores do livro "Química verde: Teoria e Prática", publicado em 1991, conceituaram a Química Verde como "A invenção, o desenvolvimento e a aplicação de produtos e processos químicos para reduzir ou eliminar o uso e a geração de substâncias nocivas à saúde humana e ao ambiente", conceito utilizado até a atualidade pela União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC). Dentre as ações incessantes da Química Verde pela busca da sustentabilidade estão: a utilização de reagentes renováveis, a redução do uso de energia, a minimização de substâncias tóxicas, o desenvolvimento de novas substâncias que não impactem o meio ambiente etc. Outros projetos ligados diretamente à Química e com objetivos similares aos da Química Verde são a Agenda 21, a Conferência de Estocolmo e a Agenda 2030. Logo, a atuação da Química na sustentabilidade é notória e incontestável.

Além dos fatos supracitados, a Química é, de fato, promissora na economia e soberania de um país. Segundo Mário Newton, Conselheiro do Conselho Federal de Química, "o desenvolvimento da indústria química traz desenvolvimento para o país". O conselheiro cita ainda os exemplos da Alemanha, Estados Unidos e China, três grandes potências que têm massivo investimento na indústria química. Sua relação com o desenvolvimento econômico está atrelada ao fato de que a Química é base para as outras indústrias. Isso ocorre devido à dependência das tecnologias e insumos provenientes da indústria química para outros setores, exemplo disso são os fertilizantes para o agronegócio; controle sanitário na indústria alimentícia; suporte nas áreas de biotecnologia e nanotecnologia, responsáveis pela criação de aparelhos celulares e vacinas, entre outros.

Além da importância nos setores específicos já mencionados, a Química atua na economia do país. Segundo pesquisa realizada em 2019 pela Confederação Nacional da Indústria, 76,5% das indústrias já adotavam práticas da economia circular no Brasil, que se baseia na melhor utilização de recursos naturais visando o desenvolvimento econômico, no qual, novamente, a Química se mostra necessária por sua capacidade de transformação e aprimoramento da matéria. Tendo em vista o exposto sobre a Química, fica clara sua influência no âmbito econômico e soberano.

Portanto, ter uma visão crítica sobre a Química facilita a compreensão de sua importância para a sociedade atual e para as gerações futuras. Logo, cabe ao Estado incentivar inovação e exploração dentro da área, de acordo com as condições possíveis, por meio do financiamento de pesquisas. Isso abrange o aparelhamento de instituições científicas e melhoria da infraestrutura, complementarmente a propagandas de conscientização para a população acerca da temática, a fim de que, assim, a Química possa continuar a evoluir e trazer contribuições significativas para a humanidade. Dessa maneira, será possível atingir enormes avanços científicos, colaborando não apenas para uma melhor qualidade de vida dos indivíduos, mas também para o meio ambiente que os cerca.








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