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22/8/2013



"Inovação não é custo, é investimento", defendem representantes da área privada


Representantes do governo e empresas privadas debatem questões que levam o Brasil avançar no setor de ciência, tecnologia e inovação. Agência CT&I

O que o Brasil precisa para avançar no setor de ciência, tecnologia e inovação? A pergunta foi o cerne do debate entre representantes do governo, das empresas privadas e academia durante a reunião da Frente Parlamentar de Ciência, Tecnologia, Pesquisa e Inovação (FPCTPI) realizada na manhã desta terça-feira (20), na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF).

Para o analista de desenvolvimento industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Luis Gustavo Delmont, para responder a pergunta é preciso saber o que estamos buscando, qual o caminho e o que queremos. "Essa é a orientação que o País tem que buscar. É o principio básico. Para mim uma das respostas é cada vez mais promover um diálogo entre iniciativa privada, governo e academia". Delmont acredita que quanto mais os atores estiverem juntos conversando, mais as pessoas envolvidas vão conseguir entender um ao outro. E, dessa forma, promover uma construção coletiva. "Sinergia é sempre a melhor opção", ressaltou.

De acordo com o deputado federal Sibá Machado (PT/AC), uma questão fundamental para ajudar o avanço da área de CT&I é entender o papel do estado, do poder público com as empresas. Para ele, um dos tabus é a matéria que diz por que o estado tem que dar dinheiro para empresa. "É sempre uma polêmica. Uma pesquisadora inglesa diz que tudo que a Apple inventou em torno do iphone foi desenvolvido com dinheiro público. Porque a empresa tem que bancar seu próprio laboratório, se não é objeto dela. O objeto de risco tem que ser do estado", exemplificou.

O analista da CNI defendeu que é papel do governo financiar a inovação em uma empresa. "Quando você fala em desenvolvimento econômico, você tem que financiar os atores que fazem esse desenvolvimento", observou. Delmont acrescentou que é preciso quebrar sim o tabu em relação a essa demanda. " O problema de desenvolvimento econômico é do País. Mas temos que pensar como a gente resolve ele junto. Ao falar de uma gerência de desenvolvimento econômico, produtivo, precisamos mudar. Andar para frente. Os outros países estão andando", comentou.

Luis Gustavo Delmont finalizou sua fala ao frisar que o governo e as empresas devem pensar que a inovação não é custo, e sim um investimento. "Esse pensamento vai trazer lá na frente resultado econômico. Por isso precisamos que nossas empresas sejam mais competitivas. Inovação não é simplesmente fazer uma criação é promover o desenvolvimento econômico".

Da mesma opinião compartilhou o coordenador geral de serviços tecnológicos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Jorge Mário Campagnolo. "Empresas competitivas geram mais impostos e mais ganhos para investir nas áreas estratégicas do País, como educação, saúde e segurança", complementou. Mas para isso acontecer, observou o coordenador, é preciso investir em mão de obra qualificada, não só na qualificação de pessoas, mas a parceria com a indústria. " Hoje, nos EUA, 80% dos pesquisadores estão nas empresas. No Brasil, na universidade. Não temos essa interação. A inovação tem que está no mercado. Não em teses de mestrado e doutorado. Tem que virar produto".

Durante o debate, os participantes da reunião também se mostraram preocupados com outras questões que travam o crescimento da CT&I no País. Entre elas, o problema da fiscalização e burocratização.

o está muito mais veloz. E por conta dos entraves na área de ciência, tecnologia e inovação, o Brasil pode ficar para traz. "Se formos seguir o caminhos que conhecemos no nosso País, eu tenho medo de ser atropelado. Quando vejo uma empresa sueca desenvolvendo enzimas para o bioetanol, sendo que não tem um pé de cana na Suécia, eu fico preocupado", descreveu.

Para ele, uma das soluções é o papel do governo como indutor de uma política de inovação. "Temos que pensar a inovação com foco. Parceria pública privada é fundamental", disse.


Fonte: Agência Gestão CT&I






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