5/9/2013
Embrapii começa a selecionar novas unidades em dezembro
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Segundo o diretor-presidente da Embrapii, deverão ser selecionadas até sete ICTs. Foto: Divulgação/IPT |
A Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) lançará, em dezembro, um edital para selecionar novas unidades. As escolhidas receberão recursos para captar clientes na indústria para o desenvolvimento de projetos inovadores. A informação foi dada pelo diretor-presidente da entidade, João Fernando de Oliveira, nesta terça-feira (3), durante o 5° Congresso Brasileiro para a Inovação, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo (SP).
De acordo com Oliveira, deverão ser escolhidas até sete instituições de ciência e tecnologia (ICTs). "As ICTs deverão apresentar um plano de negócios e de atuação no mercado. Elas deverão mostrar qual a área de atuação das pesquisas desenvolvidas, infraestrutura laboratorial, recursos humanos e um grupo de clientes que poderão ser captados. Esses clientes podem ser empresas de todos os portes", explicou.
A chamada será aberta a ICTs de todas as áreas do conhecimento. A estratégia inicial a ser adotada pela Embrapii, de acordo com o diretor-presidente, será apostar em ICTs com experiência em captar empresas. "A nossa estratégia inicial é apostar no cavalo favorito. Sabemos que há um grupo de 20 ICTs que se destacam na atração de empresas para projetos de pesquisa e desenvolvimento. As nossas metas são auspiciosas. Queremos atingir 20 unidades Embrapii até 2014".
Nesta terça-feira (3), foi publicado o decreto que qualifica a Embrapii como organização social (OS). Agora a entidade poderá gerir a quantia de R$ 1 bilhão previsto para ser investido no estÃmulo à inovação industrial até 2014. Como OS, a associação poderá receber recursos públicos e, ao mesmo tempo, terá agilidade administrativa para aplicação do dinheiro.
"O modelo piloto da Embrapii mostrou que as instituições que entram com o projeto receberam o aporte quase imediato. Nem os 30 dias da Finep vão vencer nossa agilidade. Vai depender da capacidade deles [ICTs e empresas] de negociar a propriedade intelectual", destacou João Fernando de Oliveira.
A Embrapii vai operar na fase pré-competitiva do processo de inovação, uma etapa de alto risco e sem garantias, mas que é decisiva para o desenvolvimento tecnológico da indústria. As unidades credenciadas vão desenvolver projetos demandados pelas empresas.
Os investimentos do processo serão divididos igualmente entre a empresa, o governo federal, por meio da Embrapii, e os institutos. No caso das ICTs, elas vão arcar com os custos laboratoriais e de recursos humanos envolvidos no processo de pesquisa.
Para o presidente do Conselho Administrativo da Embrapii, Pedro Wongtschowski, a entidade trará bons resultados para a inovação brasileira. "A Embrapii vai forçar as ICTs a procurarem os seus potenciais clientes para desenvolver um processo ou um produto. Caso contratário elas não receberão mais os recursos. Além disso, ela vai encorajar as empresas a fazerem investimentos em pesquisa e desenvolvimento já que os riscos serão compartilhados", explicou.
No primeiro ano de funcionamento, a Embrapii credenciou três institutos de pesquisa para tocar projetos inovadores: o Instituto Nacional de Tecnologia (INT), o Instituto de Pesquisa Tecnológica (IPT) e o Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec).
Somente o INT, no ano passado, firmou cinco contratos com empresas grandes para desenvolver projetos nas áreas de energia e saúde num valor total estimado de R$ 8 milhões. Em entrevista à Agência Gestão CT&I de NotÃcias, o diretor do instituto, Domingos Manfredi Naveiro, afirmou que a expectativa é fechar 2013 com cerca de 25 projetos em andamento com demanda de R$ 20 milhões.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, acredita que os resultados serão obtidos em pouco tempo. "Esperamos que eles cheguem o quanto antes. A Embrapii vai utilizar um conjunto de laboratórios que já existem e estavam fechados para a utilização das empresas. Estamos colocando-os à disposição das empresas", afirmou Raupp.
Fonte: Agência Gestão CT&I
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