10/10/2013
Métodos de multiescala e o Nobel de QuÃmica: combinando modelos clássicos e quânticos
Métodos hÃbridos que combinam mecânica quântica e campos clássicos de força podem hoje ser vistos como uma extensão da quÃmica quântica para estudar sistemas moleculares cada vez mais complexos e interagindo com um ambiente que pode ser um lÃquido ou um meio biológico. De fato, ele é uma combinação de dois métodos com diferentes escalas.
Mecânica quântica por si só não tem capacidade de tratar um sistema como uma proteÃna devido à s extraordinárias complexidades computacionais envolvidas. Ademais, é também complexo incorporar as condições termodinâmicas que são parte influente dos processos bioquÃmicos. Por outro lado, mecânica molecular é muito eficiente computacionalmente mas não pode lidar com a complexidade de uma reação quÃmica nem prover os nÃveis quantizados de energia.
Métodos hÃbridos mostram que "dois é melhor que um" e a combinação adequada destes dois métodos, chamada genericamente de método QM/MM, abriu enormes possibilidades que mostraram nas duas últimas décadas um sucesso sem precedentes em metodologias teóricas e aplicações realistas. BioquÃmica quântica se tornou uma realidade.
Foi o desenvolvimento com aplicação original realizado por A. Warshel em co-autoria com M. Levitt em 1976 e, posteriormente, implementado com mais desenvolvimento por M. Karplus em meados dos anos 1980, que muito apropriadamente fez jus ao Prêmio Nobel de QuÃmica de 2013. No Brasil também há grupos que trabalham e desenvolvem metodologias QM/MM, tanto para estudos bioquÃmicos como para estudar sistemas lÃquidos além da mecânica estatÃstica, incluindo mecânica quântica.
Fonte: Sylvio Canuto (IF-USP)
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