10/10/2013
SBPC propõe ao Congresso Nacional um amplo debate sobre o ensino superior
De acordo com carta assinada por Helena Nader, é importante promover polÃticas públicas que minimizem as assimetrias regionais
A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) encaminhou ontem (2) carta aos presidentes da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, e do Senado Federal, Renan Calheiros, propondo que o Congresso Nacional realize um seminário para discutir a avaliação e a análise dos indicadores de qualidade do ensino superior no Brasil. Entre outras razões, a proposta foi motivada pelos recentes resultados do Ranking Universitário Folha 2013, da Folha de S.Paulo.
O texto assinado por Helena Nader destaca a assimetria regional existente no ensino superior. De acordo com o ranking, as regiões Sul e Sudeste, por exemplo, concentram 19 das 25 melhores universidades do paÃs. A carta lembra que é importante promover um debate aprofundado sobre a avaliação do ensino superior e as polÃticas públicas essenciais para minimizar essas assimetrias. "O intuito é oferecer a todo cidadão brasileiro uma educação superior de qualidade, que lhe dê maiores chances de conseguir um bom emprego e a possibilidade de se destacar em sua profissão, bem como aumentar os Ãndices de desenvolvimento e competitividade do paÃs", argumenta.
A carta propõe uma reflexão sobre as ações necessárias para que nossas universidades melhorem seus indicadores e que se tornem instituições de excelência. Para isso, são formuladas algumas questões: "o que significa ser classificada como primeira do ranking? Mais recursos, boa reputação, mais alunos, mais docentes? E o que significa ser classificada como a última do ranking? Como ajudar essa universidade a melhorar seus indicadores e a oferecer um ensino de melhor qualidade aos cidadãos brasileiros, sem causar uma migração para os centros urbanos onde estão as "melhores" universidades? Será que os rankings refletem a realidade complexa e diversa das universidades brasileiras? Como avaliar as universidades nas suas diferentes missões?" questiona o texto.
Fonte: Jornal da Ciência
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