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31/10/2013


Abiquim discute redução de gases de efeito estufa e prepara participação do país na COP-19


As iniciativas adotadas pela indústria química brasileira para reduzir ou mitigar a emissão de gases de efeito estufa têm apresentado resultados positivos. A ampliação desse trabalho, no qual a universidade tem papel relevante, é um processo contínuo que depende também da elaboração de um marco legal, atualmente em debate. Parte dessa discussão acontecerá no próximo dia 4 de novembro, em Seminário organizado pela Associação Brasileira da Indústria Química, Abiquim. O evento Mudanças Climáticas: Em Busca de Soluções Sustentáveis, vai reunir representantes da indústria e do governo para gerar diretrizes que conduzirão, também, a participação do Brasil no COP-19, Fórum mundial sobre o clima, marcado para 22 de novembro, na Polônia.

Os programas implantados pela indústria química até agora deram prioridade para as fontes com maior potencial de emitir gases de efeito estufa. Como as que geram dióxido de carbono, explica o coordenador executivo da Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Abiquim, Obdulio Diego Fanti. Um exemplo é a substituição da nafta pelo gás natural ou etanol na produção de amônia. Outro, é o abatimento de óxido nitroso, por processos catalíticos.

O país conta com algumas condições favoráveis para viabilizar esses projetos, observa. Substituir a nafta por eteno "verde" é uma dessas possibilidades, como vem acontecendo. Uma única empresa, a Braskem, é responsável pela produção de 5% do eteno verde no país - mais caro que o insumo original - , o que remete a iniciativa a uma única fonte de decisão.

Quando comparados com os de países europeus os indicadores da indústria química brasileira de emissão de GEE são bons, constata a diretora de Assuntos Técnicos da Abiquim, Andrea Carla (veja aqui o estudo da Abiquim). Ela nota entretanto que ainda há um grande caminho a percorrer quando se considera o parque industrial com um todo, incluindo as pequenas e médias empresas. O acompanhamento desse trabalho vem sendo feito desde 1998 pela Abiquim, como parte de seu programa Atuação Responsável, através do qual os associados da entidade adotam práticas de gestão mais eficientes e fornecem informações sobre atividades de distribuição, transporte, estocagem e disposição de produtos químicos.

O alcance mais amplo dos programas de redução de GEE depende, ao mesmo tempo, do estabelecimento de definições políticas, por parte de órgãos governamentais e indústria. O papel do governo, neste caso, não é somente subsidiar projetos com linhas de financiamento. Mas é valorizar, através do reconhecimento formal, e de mecanismos legais, empresas, produtos e processos que incorporem resultados da redução de carbono. Uma outra vertente dessa preocupação é dar apoio às indústrias com a pesquisa feita pela universidade, esta funcionando como uma fonte de pesquisas e estudos sobre processos industriais e análises do meio ambiente.

O Seminário da Abiquim tem o apoio da Confederação Nacional da Indústria, CNI e do Conselho Internacional das Indústrias Químicas, IACC. A reunião deverá subsidiar os representantes brasileiros na Conferência das Partes, COP-19, que acontecerá na Polônia, em 22 de novembro, cujo trabalho vai estabelecer metas para a indústria mundial, a partir de 2020. Veja aqui a programação do encontro.


Fonte: Carlos Martins (Assessoria de Imprensa da SBQ)






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