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14/11/2013


Concentração de gases do efeito estufa na atmosfera bate recorde


Organização Meteorológica Mundial, na ONU, mostra que quantidade de CO2 e outros gases no ambiente foi maior em 2012 na comparação com a última década

Os níveis dos gases na atmosfera que impulsionam o aquecimento global tiveram um aumento recorde em 2012. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (WMO, na sigla em inglês), da ONU, a concentração de CO2 cresceu mais rapidamente ano passado do que a média de aumento da última década, mostrou a BBC.

As concentrações de metano e óxido nitroso também bateram recordes. Graças ao dióxido de carbono e a estes outros gases, a WMO diz que o efeito do aquecimento sobre o clima aumentou quase um terço desde 1990. A WMO anualmente divulga um boletim de medição das concentrações de gases do efeito estufa da atmosfera, não de emissões em terra.

O dióxido de carbono é o mais importante neste panorama, mas apenas cerca de metade do CO2 emitido pela atividade humana permanece na atmosfera, com o resto sendo absorvido pelas plantas, árvores, terra e oceanos.

Desde o início da era industrial, em 1750, os níveis médios globais de CO2 na atmosfera cresceram 141%. De acordo com o WMO, havia 393,1 partes por milhão (ppm) de dióxido de carbono na atmosfera em 2012, um aumento de 2,2 ppm na comparação com 2011. Isto está acima da média anual de 2,02 ppm ao longo da última década.

- As observações destacam mais uma vez como os gases do efeito estufa têm perturbado o equilíbrio natural de nossa atmosfera e são uma importante contribuição para as alterações climáticas - afirmou à BBC o secretário-geral da WMO, Michel Jarraud.

Enquanto a medição diária de dióxido de carbono na atmosfera ultrapassou a marca simbólica de 400 ppm simbólico em maio, de acordo com a OMM, a concentração de CO2 média anual global vai atravessar esse ponto em 2015 ou 2016.

Os níveis de metano também ultrapassaram o recorde em 2012, com 1.819 partes por bilhão. As concentrações têm aumentado desde 2007, depois de um período que pareceu estar se estabilizando. O relatório da WMO diz que ainda não é possível atribuir o aumento de metano a atividades humanas, como a criação de gado e aterros sanitários. Eles acreditam que o aumento das emissões vêm das latitudes médias do hemisfério norte e não do Ártico, onda o metano do derretimento do permafrost (gelo permanente) e seus hidratos têm sido uma antiga preocupação.

As emissões de óxido nitroso também cresceram, com uma concentração em 2012 de 325,1 partes por bilhão, 120% acima dos níveis pré-industriais. Embora a concentração deste gás seja pequena em comparação com o CO2, ele traz um aquecimento 298 vezes maior e tem um papel na destruição da camada de ozônio.

Pesquisas recentes indicaram que a taxa de aumento de emissões poderiam estar diminuindo, mas estes gases continuam a se concentrar na atmosfera e exercem uma influência no clima por centenas ou até milhares de anos. Cientistas acreditam que estes novos dados indiquem que o aquecimento global vai voltar com força, depois de uma desaceleração da taxa de aumento na temperatura nos últimos 14 anos.


Fonte: O Globo







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