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5/12/2013


Unidos pela ciência


Rede que conecta e dá suporte a jovens cientistas ganhará uma versão na América Latina no ano que vem. A iniciativa pretende fomentar projetos científicos e iniciativas de divulgação da ciência na região.

A nova rede latino-americana visa conectar jovens cientistas e dar a eles oportunidades de crescimento por meio do apoio de fundações, da oferta de emprego e do suporte a seus projetos pessoais. (foto: Sylvain Sonnet/ Getty Images)

Identificar, conectar e dar suporte a jovens cientistas é o objetivo da organização sem fins lucrativos Ways (sigla em inglês para Associação Mundial de Jovens Cientistas). O projeto, criado em 2004 com o apoio da Unesco, esteve até o momento restrito a Europa, África e Estados Unidos, mas deve chegar à America Latina no ano que vem.

O anúncio foi feito durante o 6º Fórum Mundial de Ciência, que ocorreu esta semana no Rio de Janeiro. A responsável por articular a rede por aqui é a jovem bióloga espanhola Marga Gual Soler, que tocará o desafio como parte de uma bolsa que recebeu no Projeto de Líderes para América Latina, da Universidade de Georgetown (Estados Unidos).

Soler conta que há mais de dois anos vem fazendo contato com instituições de pesquisa e divulgação científica da América Latina com a ideia de estabelecer uma plataforma de suporte e troca de informações entre jovens cientistas latinos. Ao conhecer a Ways, achou que trazer o projeto para cá seria a melhor opção.

No momento, a bióloga começa a desenhar a estrutura local do projeto, que deve ficar pronta em abril. Se seguir os mesmos moldes da Ways original, a rede regional deve funcionar por meio de um site que irá facilitar o encontro entre jovens cientistas e servir de espaço para promoção de seus projetos pessoais e busca de oportunidades de emprego e capacitação.

"Ainda está cedo para determinar exatamente como vai funcionar", diz Soler. "Mas estou certa de que será uma oportunidade única para conectar cientistas e instituições científicas da América que hoje não se conhecem e podem ter muito que compartilhar". E continua: "Quero com isso dar uma voz a essas pessoas para que possam fazer pesquisas de melhor qualidade, divulgar seus trabalhos e, assim, ter maior penetração na decisão de políticas públicas."

Um dos primeiros membros da Ways, a química norte-americana Mande Holford, do Museu Americano de História Natural, explica que a rede está aberta a jovens dinâmicos que desejem crescer na academia, no mercado de trabalho ou na diplomacia científica.

"Articulamos relações com fundações e centros de pesquisa para tornar possíveis os projetos de jovens talentosos com vontade de crescer e puxamos mesmo, para que eles deem o melhor de si", diz. "É muito importante para qualquer país encorajar jovens assim, se quiser ser bem-sucedido economica e socialmente."

Ciência sobre rodas

Um exemplo de jovem com esse perfil é o físico espanhol Javier Camino, que participou do anúncio do lançamento da Ways latino-americana durante o fórum. Camino, que no momento é estudante de pós-graduação na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) pelo programa Ciência sem Fronteiras, divide seu tempo entre a pesquisa de colisões de partículas atômicas e a divulgação da ciência em melhor estilo.

Ele e colegas criaram o projeto 'The Big Van Theory' – em referência à série de TV americana sobre ciência The Big Bang Theory. O que os jovens fazem é sair em tour numa van percorrendo cidades da Espanha e parando em bares e cafés para fazer apresentações de monólogos humorísticos sobre ciência.

Agora que está no Brasil, Camino fez uma pausa no trabalho de divulgação científica, mas pretende retomá-lo assim que possível com o apoio da Ways. "Pretendemos viajar para encontrar as pessoas interessadas por ciência onde quer que elas estejam e gostaríamos muito que essa ideia se espalhasse pelo mundo", diz. "Fazer coisas parecidas aqui no Brasil e na América Latina seria bom para a região e também para eu aperfeiçoar meu trabalho."


Fonte: Sofia Moutinho (Ciência Hoje On-line)






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