19/12/2013

37ª Reunião Anual vai celebrar o Ano Internacional da Cristalografia

Definido pela Organização das Nações Unidas como o Ano Internacional da Cristalografia, 2014 terá uma programação intensa de eventos, ao redor do mundo, para comemorar os 100 anos da área de conhecimento que tem seu início marcado pela descoberta da difração do raio X. Um desses eventos acontecerá durante a 37ª Reunião Anual da SBQ com a conferência de Judith A. K. Howard, da Universidade de Durham, do Reino Unido, que falará sobre Beleza molecular: um século de descobertas. O trabalho de Howard destaca-se como uma das principais contribuições mundiais ao campo cristalografia, com registro de 1139 citações no Web of Science. Foi presidente da British Crystallographic Association e responsável, desde 1991, por diversos comitês da Royal Society of Chemistry

Em seu resumo de apresentação, ela lembra que hoje seria impossível imaginar um livro de química sem as ilustrações das estruturas moleculares, e configurações essenciais como o formato plano do benzeno ou a dupla hélice do DNA, conquistas baseadas no conhecimento da cristalografia. A apresentação dará realce à fascinação despertada por essas descobertas, e vai tratar das etapas de desenvolvimento que hoje permitem elucidar com agilidade as estruturas moleculares através de técnicas computacionais e instrumentos científicos.

Uma das frentes de pesquisa brasileira em cristalografia será ilustrada pelo minicurso Aspectos estruturais e atividade biológica de compostos inorgânicos, que tem como participantes Victor Marcelo Deflon (IQSC-USP), Javier Hellena ( IFSC-USP) e Alzir Azeredo Batista (UFSCar).

Integrando-se às dezenas de eventos que ocorrerão ao longo dw 2014 (veja aqui, a programação do IYCr2014) a Reunião Anual da SBQ alinha-se a essa celebração mundial à qual somam-se inúmeras outras áreas cientificas. A cristalografia, nota o professor Javier Hellena, reúne o maior número de Prêmios Nobel (32) conferidos a um campo científico. Do desenho de fármacos à mineralogia, da física básica à medicina forense, ela tornou-se imprescindível para a atividade de pesquisa. Ele lembra que, no Brasil, a utilização das técnicas de cristalografia registrou expansão expressiva a partir dos anos 1990 quando foi possível incorporar novos equipamentos e laboratórios.

Fonte: Carlos Martins (Assessoria de Imprensa da SBQ)