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15/3/2012



35ª REUNIÃO ANUAL
Responsabilidade, Ética e Progresso Social


Encontro vai discutir gargalos na produção de fármacos no país


A interação entre a indústria de fármacos e a pesquisa feita na universidade estará em debate durante a 35ª Reunião Anual da SBQ. A iniciativa da Divisão de Química Medicinal da entidade vai reunir especialistas com o objetivo de aprofundar o debate sobre essa relação que se dá em uma área considerada prioritária na política industrial. O workshop terá como convidados Eliezer J. Barreiro (UFRJ), Elizabeth Igne Ferreira (FCF-USP), Kesley M.G. Oliveira (Cristália Indústria Química e Farmacêutica), Glaucius Oliva (presidente do CNPq) e Hayne Felipe da Silva (diretor de Farmanguinhos – Fiocruz).

Ponto de partida para a discussão é a constatação de que o país, apesar dos avanços obtidos, ainda está em uma fase inicial desse relacionamento, em comparação com outros centros industriais e precisa vencer várias limitações, nota o coordenador do encontro Marco Edilson Freire de Lima (UFRRJ). Essas dificuldades são de ordem econômica, pela falta de investimentos de longo prazo da indústria farmacêutica, para a qual é mais vantajoso importar produtos finais e insumos do que investir em pesquisa. Passam pelos desafios à pesquisa científica de descobrir substâncias inovadoras que possam gerar fármacos ou, ainda, obter resultados em avanços incrementais, aperfeiçoando medicamentos já existentes. Estão, ao mesmo tempo, no ambiente jurídico das universidades, restritivo à interação com as empresas.

O debate identifica um dos principais gargalos para o desenvolvimento dessa interação. Falta, no diálogo entre as duas partes, capacitação para escalonamento de rotas sintéticas de fármacos ou insumos, assinala Eliezer J. Barreiro. É necessário aperfeiçoar a tecnologia para transposição da escala de bancada para a etapa seguinte, quando é possível analisar a viabilidade industrial e fazer, por exemplo, estudos de bioequivalência. São as dimensões dessa escala que permitem, também, realizar os estudos finais das etapas pré-clínicas de novos candidatos a fármacos.

Outro ponto crítico do cenário é a necessidade de melhorar a qualificação dos quadros profissionais das empresas, para que elas consigam internalizar as tecnologias já utilizadas em outros ambientes de pesquisa. O conhecimento desses quadros especializados é essencial, ao mesmo tempo, para que a indústria consiga fazer uma avaliação efetiva do risco que a inovação exige, observa.

O workshop "Interações entre o setor produtivo e a Universidade na pesquisa e inovação em fármacos e medicamentos no Brasil" deverá produzir um documento com recomendações a serem submetidas ao Conselho Consultivo da SBQ e enviadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Veja mais informações na página do workshop.


Fonte: Carlos Martins (Assessoria de Imprensa da SBQ)






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