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12/4/2012


35ª REUNIÃO ANUAL
Responsabilidade, Ética e Progresso Social


Etanol de segunda geração e células a combustível são destaque em sessão temática


A busca por fontes de energia renováveis mostra hoje várias linhas de pesquisa que acenam com expectativas positivas para o futuro próximo. O etanol de segunda geração e as células a combustível, por exemplo, ilustram os avanços e o esforço realizado nos últimos anos pela universidade e por empresas para conciliar pesquisa básica e aplicada. Parte do que vem sendo feito nas duas áreas será apresentada na Sessão Temática "Energia: um dos maiores desafios do século XXI", durante a 35ª Reunião Anual da SBQ, coordenada por Jailson Bittencourt de Andrade, da Universidade Federal da Bahia.

A atraente perspectiva de obter 50% a mais de etanol, em um mesmo lote de cana, justifica o entusiasmo e empenho de pesquisadores. Esse feito deve ser alcançado com a utilização da celulose existente no bagaço e na palha do cultivo. Vários órgãos de pesquisa estão dedicados a esse objetivo no país, entre eles o grupo de Luiz Pereira Ramos, do Departamento de Química da Universidade Federal do Paraná, palestrante do evento. Ele trabalha com processos de transformação desses resíduos, candidatos a matéria-prima. O principal alvo, neste caso, é a celulose, que deve ser separada dos outros dois componentes majoritários presentes no bagaço – hemicelulose e lignina. Esse pré-tratamento é a primeira etapa.. A segunda vai converter a celulose polimérica em glucose. A terceira fará a fermentação da glucose para obtenção do etanol e a quarta a destilação.

Encontrar formas de converter a celulose em glucose, com resultado econômico positivo, é a prioridade para esses pesquisadores. O uso de enzimas que permitem hidrolisar a celulose começa a se consolidar como o caminho mais aceito pelo mercado internacional. Mas para o mercado brasileiro, adquirir as enzimas de fornecedores externos significa não apenas arcar com seu alto custo, como também depender das patentes já pertencentes a essas empresas. Assim, as possibilidades são: fabricantes locais desenvolverem tecnologia para a produção de enzimas e vendê-las para as usinas. Ou, então, as usinas, tendo acesso aos micro-organismos, implantarem sistemas próprios de fermentação de maneira que possam suprir essa necessidade. Há pesquisadores voltados para os dois tipos de solução, explica Ramos.

"A realidade da produção de etanol celulósico está se tornando cada vez mais tangível" constata e já existem iniciativas comerciais em demonstração em alguns países, embora o Brasil ainda não tenha montado sua primeira unidade piloto.

Células a combustível. A corrida mundial para chegar às fontes de energia sustentáveis tem participantes de peso, sendo que, um deles, prepara-se para gerar eletricidade a partir do hidrogênio. As pesquisas com célula a combustível estão no topo da lista dos grandes investimentos de vários países, para que elas se tornem rapidamente produto de uso comercial.

Edson Ticianelli, do IQ da USP de São Carlos mostrará em sua palestra as linhas de trabalho de seu grupo, que se dedica, entre outros objetivos, a estudar os processos fundamentais relacionados às reações eletródicas que ocorrem nesses sistemas, além de desenvolver módulos de células a combustível. Neste caso, a química é um dos integrantes dos projetos, ao lados das Engenharias Elétrica e Mecânica da USP de São Carlos. O desafio é desenvolver materiais que propiciem maior velocidade nas reações químicas para que os módulos ganhem eficiência. Ao mesmo tempo, é necessário dominar a tecnologia para fazer com que os avanços obtidos em laboratório possam ser reproduzidos em grande escala, requisito essencial para um produto industrial.

Contabilizar resultados ideais nesse trabalho de pesquisa significa criar células a combustível que ofereçam alta eficiência e nenhum prejuízo para o ambiente. Como as que utilizam o hidrogênio como combustível na reação química. Em veículos, por exemplo, um motor acionado por dispositivo desse tipo consegue, na prática, aproveitar 50% da energia gerada para produzir ação mecânica – frente aos 25% do obtidos no motor a combustão, que dispersa grande parte do calor. Equivale, também, a ter como resíduo somente o vapor de água, um benefício de alto valor para redução da poluição.

Veja a programação completa da 35ª Reunião Anual da SBQ.


Fonte: Carlos Martins (Assessoria de Imprensa da SBQ)






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