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Boletim Eletrônico
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19/4/2012


35ª REUNIÃO ANUAL
Responsabilidade, Ética e Progresso Social


A eletrônica orgânica prepara mudanças para uma nova era


Estudantes de química que olham para os diversos campos da pesquisa e devem optar por um deles defrontam-se com um cenário diverso e em constante mudança. O quadro das escolhas passou a incluir, nos anos recentes, a eletrônica orgânica, área em pleno processo de evolução da qual começam a surgir soluções de grande interesse para o trabalho científico e para a tecnologia. A possibilidade de criar dispositivos com materiais de constituição orgânica, como alternativas para o mundo eletrônico baseado no silício, é vista por alguns pesquisadores como uma "revolução silenciosa" em curso. Um desses pesquisadores é Roberto Mendonça de Faria, do Instituto de Física da USP de São Carlos. Ele participará da 35ª Reunião Anual da SBQ, com a conferência "Panorama da eletrônica orgânica: ciência fundamental e aplicações".

No espaço da eletrônica orgânica estão materiais desenvolvidos a partir de filmes de dezenas a centenas de nanômetros de espessura, com a característica de semicondutores. Incluem-se aí os diodos emissores de luz e diodos fotovoltaicos orgânicos. "Já foram sintetizadas mais de uma centena de moléculas eletrônicas nos últimos anos e décadas", observa. Cada nova molécula melhora uma propriedade específica do composto ou gera uma nova propriedade.

Do ponto de vista da aplicação essa pesquisa se divide hoje em dois grandes segmentos: o chamado de "grandes áreas" e a miniaturização. No primeiro, a tecnologia está voltada principalmente para a criação de dispositivos de iluminação. Têm como componentes diodos emissores de luz branca e dispositivos para conversão de energia solar em elétrica, onde o elemento básico é o OPV (Organic Photovoltaics). São aplicações que ainda não chegaram ao mercado, mas não devem demorar a fazê-lo, avalia Roberto Mendonça. Espera-se que esses leds orgânicos, painéis de iluminação com "luz fria" possam substituir as lâmpadas atuais com maior eficiência de conversão de eletricidade em luz, a preços menores. Estão também nas grandes áreas as células fotovoltaicas que percorrem o caminho inverso, isto é, convertem a energia solar em elétrica, com a perspectiva de concorrer com as células de silício, da mesma forma, com custos menores. Hoje há muitas empresas apostando nessa tecnologia, lembra.

No caso da miniaturização a tecnologia caminha mais lentamente. A possibilidade de um chip orgânico que consiga ultrapassar os pontos de limite a que está chegando a tecnologia do silício ainda parece remota, constata. No entanto, a indústria mundial começa a produzir, por exemplo, telas para televisores e computadores feitas de leds orgânicos, que estão entrando no mercado, de maneira experimental. "As telas de leds orgânicos, que estão vindo aí devem substituir as atuais, de cristal líquido". Serão mais leves, mais finas e podem ser flexíveis.


Fonte: Carlos Martins (Assessoria de Imprensa da SBQ)






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