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16/2/2012


35ª REUNIÃO ANUAL
Responsabilidade, Ética e Progresso Social


Biocélulas a combustível: a pesquisa em busca de energia para múltiplas aplicações

Adalgisa R. de Andrade

O promissor espaço de pesquisa criado nos últimos anos com o desenvolvimento das biocélulas a combustível vem ganhando contornos mais definidos nas universidades brasileiras. O avanço mais efetivo para produzir esses dispositivos, formados por enzimas ou micro-organismos que atuam como geradores químicos de energia, depende, entretanto, da ampliação da massa crítica de pesquisadores. O saldo obtido até agora vem da cultura de grupos de pesquisa já largamente consolidados na área de células a combustível tradicionais e biossensores.

O objetivo, hoje, é transpor o conhecimento existente sobre biossensores, cuja função é identificar uma substância – como a glicose no sangue - para montar biocélulas. Estas tem, por sua vez, a tarefa de alimentar algum dispositivo, como um marca-passo ou um telefone celular, por exemplo, com base na energia produzida pelas enzimas. Nas duas situações, os catalisadores utilizados são provenientes de fontes renováveis.

Criar uma alternativa às células a combustível convencionais, que utilizam, em geral, metais nobres em sua fabricação, como a platina, é uma possibilidade atraente para a ciência atual. Primeiro porque empregariam matérias-primas naturais em dispositivos para aplicações médicas, tornando-os mais assimiláveis por seus usuários. Depois, porque substituiriam materiais não renováveis e poderiam representar soluções eventualmente mais baratas.

A importância que as biocélulas e biossensores têm como tecnologia de ponta levou os organizadores da 35ª Reunião Anual da SBQ a programar, pela primeira vez, um workshop sobre o tema. "Design de materiais avançados para aplicações em Bioeletroquímica: de biossensores a biocélulas a combustível", vai reunir representantes de alguns dos principais grupos de pesquisa do país, que atuam nas duas frentes. Entre eles Lauro Tatsuo Kubota (UNICAMP), Antônio Salvio Mangrich (UFPR), Frank Nelson Crespilho, Ernesto Rafael Gonzales ( IQSC-USP), Hideko Yamanaka (UNESP-Araraquara) e Rosa Fireman Dutra (UFPE).

"É importante que o Brasil se desenvolva nessa área", observa a coordenadora do encontro, Adalgisa Rodrigues de Andrade, da USP de Ribeirão Preto. Embora os grupos existentes sejam de reconhecida qualificação, lembra, resultados em escala dependem do aumento do número de pesquisadores. Parte do desafio é saltar as barreiras do multidisciplinar. Trata-se de um campo onde a pesquisa se dá na interface do conhecimento de eletroquímicos, bioquímicos e biofísicos. Assim, o workshop é uma oportunidade para ressaltar os aspectos mais importantes desse diálogo, em âmbito nacional.


Fonte: Carlos Martins (Assessoria de Imprensa da SBQ)






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