19/7/2012

Presidente do CNPq afirma que pesquisas devem ser focadas em problemas nacionais

O presidente do CNPq, Glaucius Oliva, se reuniu na semana passada com professores, pesquisadores e estudantes do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo (USP) para discutir a importância da ciência e tecnologia no desenvolvimento nacional.

Oliva aproveitou o encontro para mandar um recado. "Os pesquisadores devem preocupar-se mais com a qualidade, o impacto e a relevância dos artigos científicos publicados. O foco das pesquisas deve ser voltado aos problemas nacionais e a melhoria na comunicação dos centros de pesquisa e universidades com a sociedade é um ponto que deve ser atentamente analisado."

Durante a palestra, o presidente do CNPq destacou o aumento no número de pessoas com diploma de nível superior no Brasil. No entanto, destacou que falta investimento em ciência aplicada. "Apenas 5% dos doutores brasileiros em pesquisa trabalham em empresas, no Brasil. Nos Estados Unidos (EUA), o percentual de pesquisadores que trabalham em empresas sobe para 40%", alertou.

Outro desafio apontado por Oliva foi a melhoria do ensino básico. Para ele, esse é um dos maiores empecilhos do desenvolvimento nacional. "O ensino básico brasileiro, a meu ver, é o maior desafio para uma melhoria da qualidade da educação, pois só através de investimentos na educação básica será possível reter os estudantes nas escolas até o final".

Apesar de os desafios serem grandes, o presidente do CNPq se mostrou otimista e disse acreditar na capacidade de superação do país e da população brasileira. Iniciativas como o Programa Ciência sem Fronteiras foram apontadas por ele como uma das principais ferramentas no enfrentamento do desenvolvimento científico e tecnológico do país.

Fonte: Agência Gestão CTI de notícas, com informações do CNPq