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23/8/2012



País deve articular mecanismos e investimentos para inovação, propõem especialistas


Foto: Bruno Spada/Tripé Fotografia

O Brasil dispõe de um leque expressivo de instrumentos voltados para a inovação, mas não consegue articular todos os mecanismos. A avaliação foi apresentada na quinta-feira (16), em Brasília (DF), por especialistas do setor, durante o Congresso ABIPTI 2012.

De acordo com o gerente de Inovação e Tecnologia do Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (Sebrae), Enio Pinto, o país soma muita ações novas e ousadas, mas o grande desafio é ganhar escala. “Nós precisamos saber porque há um número muito elevado de empresas que não estão se beneficiando desses incentivos”, alertou.

Para se ter uma ideia, dados divulgados na Sondagem de Inovação, uma pesquisa realizada pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), referente ao primeiro trimestre deste ano mostrou que a taxa de inovação das grandes empresas brasileiras caiu 20 pontos percentuais desde 2010. O estudo apontou que a taxa de inovação em produto ou processo, que alcançou 71,4% em 2010, passou a 62,1% em 2011 e atingiu 54,5% em 2012.

Na opinião da diretora executiva da ABDI, Luisa Campos Machado Leal, para corrigir essa queda, o governo tem realizado aprimoramentos na legislação vigente e procurado mostrar aos empresários como utilizar os benefícios dos instrumentos. “Temos uma legislação absolutamente nova e tem todo um aprendizado que precisa ser feito. Infelizmente, nós não temos um número grande de empresas utilizando a Lei do Bem [Lei nº. 11.196/2005], porque nem todas as empresas trabalham com lucro real”, afirmou.

Ainda de acordo com ela, há no Brasil uma insegurança jurídica e muitas multinacionais são orientadas a não utilizar este instrumento. “Nós sabemos que ela é pró-cíclica, ou seja, se você está na crise no ano seguinte você tem menos condições de utilizar. Mas temos várias propostas em discussão no MCTI no sentido de tentar romper o caráter pró-cíclico da Lei do Bem, talvez criando crédito”, anunciou.

Para o presidente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Mariano Laplane, além de melhor articular os mecanismos já em curso, o Brasil também precisa encontrar uma maneira rápida de aumentar significativamente os recursos voltados para a inovação. Entretanto, ele lembrou que não se trata apenas de elevar os recursos com origem nos cofres públicos, mas também alavancar os esforços da iniciativa privada.

“Há alguns elementos já operando para aumentar os recursos para a inovação. Espero que sejam suficientes, caso contrário será preciso exercer a criatividade e encontrar outros instrumentos”, avaliou. “Num momento de crise esse exercício não é tão fácil. Os recursos disponíveis para todas as formas de investimento, inclusive para a inovação, sofrem uma restrição maior do que numa economia que cresce um pouco mais. Assim, o desafio agora é um pouco mais difícil do que foi nos últimos anos”, completou.


Fonte: Agência Gesão CT&I






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