23/8/2012
ABIPTI reivindica novo modelo de gestão para institutos de pesquisa
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Presidente da ABIPTI destaca os desafios das EPDIs durante evento em BrasÃlia. Foto: Bruno Spada/Tripé Fotografia |
O modelo jurÃdico e administrativo dos institutos de pesquisa brasileiros restringe o cumprimento da missão destas instituições. Esta é avaliação da presidente da ABIPTI, Isa Assef dos Santos. Nesta terça-feira (14), ela apresentou os principais desafios das entidades de pesquisa, desenvolvimento e inovação (EPDIs) no cenário atual e destacou que o paÃs precisa de polÃticas públicas mais abrangentes.
"O modelo jurÃdico e administrativo dos institutos públicos está desatualizado, o que cria dificuldades para a aplicação do marco regulatório, levando à insegurança jurÃdica", afirmou durante a abertura do Congresso ABIPTI 2012, que segue até esta quinta-feira (16), em BrasÃlia (DF).
Isa Assef ainda pontuou que há deficiências em relação à polÃtica de gestão de pessoas, visto que em muitos institutos de pesquisas públicos hoje o número de bolsistas ultrapassa o número de servidores.
Os obstáculos jurÃdicos também atingem as EPDIs privadas, de acordo com a presidente da ABIPTI. Ela lembrou que essas entidades não são consideradas instituições de ciência e tecnologia (ICTs) pela Lei de Inovação (10.973/2004), embora atuem em áreas de interesse do Estado. "Elas [EPDIs] privadas não podem utilizar os recursos da subvenção econômica por não objetivarem lucro", completou.
Para sanar estas deficiências, a Associação que representa 170 instituições de todo o paÃs, tem participado de debates voltados para o aprimoramento do marco legal de inovação e mantido forte articulação no Congresso Nacional. Outra frente de trabalho é junto a agências de fomento, com vistas a promover a participação das EPDIs em editais.
"Precisamos fortalecer as EPDIs se realmente queremos um paÃs inovador e competitivo. Para isso precisamos de ações bem definidas, de um plano claro de como o governo pretende apoiá-las e polÃticas públicas que atendam a todos, ou seja, que fortaleçam a interação entre universidade, institutos de pesquisa e empresas", disse.
A ABIPTI também tem apostado numa agenda cooperativa e trabalhado em parceria com instituições como as associações nacionais de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei). Também aperfeiçoou o Programa Excelência na Gestão (PEG), realizado há mais de 12 anos com o objetivo de elevar a competitividade das instituições associadas e parceiras.
"Esta é a hora de lutarmos por uma legislação que venha ao encontro das reais necessidades de esforço para alavancar a inovação no paÃs. É preciso uma visão equilibrada entre ciência, tecnologia e inovação (CT&I), traduzida na prática em programas e recursos".
Fonte: Agência Gesão CT&I
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