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6/9/2012



Divulgado pela Folha de S. Paulo o 1º ranking universitário brasileiro, com metodologia criada pelo cienciometrista Rogério Meneghini


Ao longo de oito meses, a Folha levantou dados de publicações acadêmicas e, com o Datafolha, ouviu centenas de cientistas e profissionais de Recursos Humanos para compor o RUF (Ranking Universitário Folha).

Nele estão representadas 191 universidades -que operam com pesquisa, ensino e extensão- mais 41 centros universitários ou faculdades, dedicados sobretudo ao ensino e onde há pouca pesquisa.

As 10 instituições mais bem avaliadas estão listadas no quadro abaixo. A lista completa pode ser acessada aqui.

Até então, o Brasil dependia de classificações globais ou, no máximo, continentais, que citam poucas instituições brasileiras e desconsideram características nacionais.

A metodologia geral do RUF foi criada pelo grupo liderado pelo cienciometrista (ciência que estuda a produção científica) da USP Rogério Meneghini, em conjunto com a Redação da Folha.

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Dos quatro aspectos analisados na lista geral do RUF (pesquisa, ensino, reputação no mercado de trabalho e inovação), a USP apenas não é primeira colocada em termos de inovação, indicador que a Unicamp lidera.

Outro resultado que chama a atenção é a boa avaliação das escolas privadas pelas empresas. Entre as 15 instituições mais citadas como melhores por profissionais responsáveis por contratação, seis são pagas. Os cientistas têm visão diferente: só citaram uma particular, a PUC-Rio, entre as melhores.

Entre as dez primeiras universidades na lista geral, cinco estão no Sudeste; três no Sul, uma no Centro-Oeste e uma no Nordeste. A melhor universidade do Norte, a federal do Pará, aparece na 24ª colocação do ranking.

Informações como essas são importantes para orientar políticas públicas, alunos, professores e empregadores, pois mostram as instituições de destaque no país e as que estão com defasagem.

Países como EUA, China, Alemanha, Bulgária, Cazaquistão e Vietnã já fazem rankings nacionais.

O Ministério da Educação brasileiro faz uma avaliação de instituições, chamada de IGC (Índice Geral de Cursos).

A metodologia, porém, não prevê um ranking de instituições de ensino superior, apenas as classifica em grupos. O levantamento do governo considera a nota dos estudantes em uma prova (o Enade); a proporção de docentes com doutorado e as notas dos programas de pós-graduação.

Não havia, até agora, um indicador que abrangesse a visão do mercado de trabalho e a produção científica das instituições.


Fonte: Folha de S. Paulo






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