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13/9/2012



Biodiesel em debate: mercado e tecnologia


Quarto maior produtor de biodiesel do mercado internacional, o Brasil aposta no combustível renovável como uma forma de agregar valor às oleaginosas, entre elas a soja, que hoje responde por cerca de 80% da produção. O esperado aumento de 5% para 7% na adição de biodiesel ao óleo derivado de petróleo é um dos pontos na agenda do setor que aguarda também um novo marco regulatório para o complexo industrial do produto. Outras culturas, além da soja, têm se mostrado promissoras como matéria-prima para a fabricação de biodiesel como a palma, canola e algas. O quadro político e econômico será debatido na Biodiesel BR Conferência Internacional 2012 que acontece nos dias 1 e 2 de outubro, em São Paulo. Veja mais informações aqui.

Usinas, distribuidores, governo e especialistas da universidade vão discutir no encontro as perspectivas da nova área da economia surgida com o biodiesel, que depende de iniciativas governamentais para se consolidar e expandir. Um componente central dessa expansão, para assegurar a demanda, é o aumento progressivo da adição do produto ao diesel tradicional. O aumento deverá chegar a 7% em 2013 e 10% em 2014, de acordo com a expectativa de representantes do setor, conforme divulgado pelo site Portal do Agronegócio. Mais caro que o diesel comum, o biodiesel exige também de governo e produtores uma equação que equilibre custos de produção e preço final. Nos debates está presente a questão da soja como matéria-prima para produção do combustível, em detrimento de seu uso para a alimentação. Fato que é objeto de críticas por parte da comunidade internacional. Atualmente, toda produção brasileira, em torno de 2,7 bilhões de litros, é consumida pelo mercado interno. Mas governo e entidades do setor têm como alvo fomentar a exportação, chegando a 2014 com vendas de 500 milhões de litros.

P&D. A pesquisa brasileira em biodiesel dedica hoje sua atenção a novas fontes de óleos vegetais e ganhos de produtividade das espécies cultivadas, observa Antonio Carlos Ventilii Marques, assessor técnico da Aprobio, Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil. Áreas nas quais a Embrapa Agroenergia firmou-se como uma referência. Mas, acrescenta, existem atualmente cerca de 4.300 pesquisadores e 349 grupos de pesquisa dedicados a trabalhos com biodiesel, de acordo com os dados do CNPq.

Os processos de produção atuais atendem a contento os requisitos de qualidade, diz ele. A indústria vem investindo em pesquisa para resolver questões pontuais, como o entupimento de filtros a frio, estabilidade oxidativa e a tendência de degradação, decorrente de um produto natural. O processo de transesterificação está "dominado", depois "de muito trabalho e testes". Em curso, as mudanças necessárias para atender os requisitos de conversão e teor de umidade. As empresas buscam teores mais baixos.

Hoje a tecnologia de processamento dos óleos vegetais e gordura animal para produção de biodiesel é muito similar nos principais países produtores, onde estão EUA, Alemanha e Brasil. ( Brasil é o quarto maior produtor na sequência de EUA, Alemanha, Argentina e Brasil) Boa parte da tecnologia de produção foi importada e adaptada, inclusive a dos catalisadores, sendo que existem diversos fornecedores da tecnologia operando no Brasil. Este é um dos motivos dessas usinas trabalharem com metanol para o processo de transesterificação, constata.

Ventili nota que existem diversas oleaginosas identificadas no "radar" dos pesquisadores. A maioria delas foi testada quanto à viabilidade de produção de biodiesel, mas ainda restam questões sobre produtividade e domínio da cultura. Algumas culturas, como a palma, apresentam bom potencial quando se considera o médio prazo, analisa, mas a sua implantação requer um tempo grande por se tratar de uma cultura perene. No horizonte de longo prazo, os pesquisadores colocam o biocombustível produzido de algas como uma possibilidade promissora.


Fonte: Carlos Martins (Assessoria de Imprensa da SBQ)









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