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10/1/2013



Iniciativas pela popularização da ciência marcaram 2012


Visão dos estandes da 9ª SNCT, em Brasília. Foto Giba/Ascom do MCTI

O ano de 2012 mostrou que com apoio, parceria e determinação é possível envolver os diversos atores da sociedade em torno de iniciativas para popularizar a ciência, despertar o interesse dos jovens pela área e promover a cultura científica no país. Um dos exemplos do resultado dessa mobilização social foi a 9ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que registrou números recordes de atividades realizadas e de municípios e instituições envolvidas. Novas cooperações e criação de projetos e espaços científicos também marcaram o período. 

O site oficial do evento fechou o ano com mais de 28 mil atividades cadastradas e o envolvimento de 723 cidades brasileiras de 912 instituições. Os números não param de crescer e superam todas as expectativas diante das 16 mil ações realizadas no ano anterior, com a participação de 654 municípios e 833 entidades ligadas à área de ciência e tecnologia.

O principal objetivo da semana, coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), é mobilizar a população, especialmente as crianças e os jovens, para a atividade de ciência e tecnologia (C&T), valorizando a criatividade, a atitude científica e a inovação, além de mostrar a importância da C&T para a vida de cada um e para o desenvolvimento do país.

Grande parte das atividades promovidas durante a SNCT, realizada oficialmente entre 15 e 21 de outubro, envolveram governos estaduais, institutos de pesquisa e universidades, que contaram com o suporte de museus e de espaços similares para levar um pouco do mundo científico ao público em geral.

Novos espaços

O ano que passou também foi finalizado com novidades para o Maranhão e o Distrito Federal. Um acordo de cooperação técnica foi assinado, em 13 de dezembro, para a implantação do Museu de Ciência e Tecnologia de Brasília, e foi feita a entrega oficial, no dia 19, da van do Projeto Ciência Móvel, do laboratório de divulgação científica Ilha da Ciência da Universidade Federal do Maranhão.

O projeto do museu da capital federal recebeu a assinatura dos ministros da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), da Integração Nacional (MI) e da Cultura (MinC), além do Governo do Distrito Federal, da Universidade de Brasília (UnB), do Instituto Brasileiro de Museus e da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco/MI).

Já a unidade móvel do Maranhão, que será levada a diversos locais da região, foi adquirida com recursos do MCTI, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) e da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema).

Apoio

Segundo o diretor do Departamento de Popularização e Difusão de Ciência e Tecnologia do MCTI, Ildeu Moreira, as iniciativas fazem parte de um esforço do órgão para criar novos museus e espaços científicos que possam oferecer condições para estimular a formação de uma cultura científica no país.
“O programa de ciência móvel já conta com quase duas dezenas de veículos de várias origens e de vários cantos do Brasil fazendo trabalho de ciência itinerante. Um deles que inauguramos [em 2012] foi um grande caminhão na UFMG [Universidade Federal de Minas Gerais], em parceria com a universidade e o governo do estado”, conta.

O diretor do MCTI explica que o apoio do ministério é viabilizado por meio de editais, de recursos via fundos setoriais ou emendas parlamentares e, ainda, pelas parcerias com os governos estaduais e municipais que querem criar museus de ciências em suas regiões.

Moreira defende os espaços científicos como grandes aliados para o aperfeiçoamento do sistema de educação. “Essa é uma atividade que acontece no mundo inteiro. Os museus de ciência nos Estados Unidos e na Europa, por exemplo, são instrumentos importantes de formação da cultura científica, de discussão da política, de interdisciplinaridade e de apoio ao sistema formal de ensino”, afirma.

Desafios

Segundo o diretor, embora vários espaços tenham sido criados nos últimos anos, a quantidade de unidades é insuficiente e mal distribuída pelo país. “Algumas partes do Brasil têm pouquíssimo acesso a museus de ciência, planetários, jardins botânicos”, diz. Ele cita o caso do Amazonas, que conta com apenas um planetário. Acrescenta que são 40 unidades no país inteiro, enquanto a Índia possui 300.

“O ministério tem tentado ampliar os museus de ciência e estimular a criação de novos, mas a demanda é muito grande, e os recursos, insuficientes. Então é preciso fazer todo um movimento para isso.” Segundo Ildeu Moreira, o órgão tem importantes parceiros, como a Associação Brasileira de Centros e Museus de Ciência (ABCMC), a Rede Brasileira de Jardins Botânicos e a Associação Brasileira de Planetários.

“São entidades da sociedade civil que também estão atuando no sentido de criar mais espaços e aprimorar os existentes”, comenta. “Mas seria fundamental ter uma participação também da iniciativa privada e de outros órgãos de governo.” Ele destaca como referência os EUA, onde os museus contam com três fontes de recursos: dos governos, de doações (especialmente de empresas) e da venda de produtos em seus estabelecimentos.

De acordo com a ABCMC, já são 190 espaços de popularização de ciência espalhados pelo país: museus, zoológicos, aquários, planetários, observatórios e jardins botânicos, que já mantêm uma programação variada para todas as faixas etárias. E os espaços de ciência não param de crescer a cada ano.

Para Ildeu Moreira, o Brasil tem pela frente o desafio de criar mais espaços de ciência e cultura nas periferias das grandes cidades, no interior do país e nas diversas regiões do país, além de estimular o interesse da população. “Então esse é um esforço grande. A visitação aos museus de ciência no Brasil subiu significativamente nos últimos anos [de 4% para 8,3% entre 2006 e 2010], mas ainda atinge um nível que é um terço da média europeia”, lembra.


Fonte: Ascom do MCTI






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