17/1/2013

Química Analítica abre discussão sobre o desenvolvimento da instrumentação

Um desafio para o Brasil nos próximos anos, na área de CT&I, é conseguir ingressar no seleto grupo dos países produtores de tecnologia, de forma competitiva, notam os especialistas. A Química, altamente dependente da instrumentação para sua evolução, tem papel importante nesse cenário. Em algumas áreas, como a Química Analítica, o uso da instrumentação é compulsório. Como vencer as atuais barreiras é um dos pontos a serem debatidos no workshop "Avanços em instrumentação analítica no Brasil", que será realizado pela Divisão de Química Analítica da SBQ durante a 36ª Reunião Anual.

No âmbito da universidade existem alguns grupos, poucos, mas altamente qualificados, que têm o desenvolvimento de instrumentação como um dos focos de pesquisa e detêm capacidade de criar equipamentos para atender a demanda de seus laboratórios. Entretanto, na maioria das vezes, essas iniciativas bem sucedidas não se traduzem na geração de patentes e transferência de tecnologia para produção industrial e comercial em larga escala, explica Pedro Vitoriano Oliveira (IQUSP), diretor da Divisão de QA.

Nos Estados Unidos, lembra ele, em geral os novos projetos de instrumentação têm origem nas universidades, com financiamentos de empresas do setor. No Brasil, há poucos casos de parcerias entre universidade e empresa para essa finalidade. Assim, o workshop vai reunir membros da universidade e representantes de empresas para ampliar o debate em palestras e discussões abertas com os participantes.

Análise de fluxo. Uma das linhas de pesquisa envolvendo instrumentação que tem se desenvolvido de forma expressiva no Brasil é o chamado flow-batch, sistema de análise em fluxo. Ele permite realizar diferentes processos analíticos somente com a alteração dos parâmetros do software de controle. Para falar sobre o sistema e sua utilização a DQA contará com a participação do conferencista Mario César Ugulino de Araújo pesquisador do Departamento de Química da Universidade Federal da Paraíba e um dos pioneiros na introdução dessa tecnologia no país. Hoje ele se dedica a expandir a utilização do sistema flow-batch para outros tipos de aplicações analíticas, ingressando na área de miniaturização.


Fonte: Carlos Martins (Assessoria de Imprensa da SBQ)