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31/1/2013



Novo acelerador trará avanços para a ciência e poderá atrair pesquisadores estrangeiros


A construção do novo acelerador de elétrons de terceira geração deverá ter início, ainda em 2013, no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em Campinas, São Paulo. Denominado Sirius, a máquina é capaz de emitir radiação com maior brilho e gerar imagens com mais resolução que o atual, de segunda geração.

De acordo com o diretor do LNLS, Antonio José Roque da Silva, além da vantagem tecnológica, o equipamento poderá servir como ímã para atrair cientistas de renome mundial como a israelense Ada Yonath – vencedora do Nobel de Química em 2009 por seu trabalho sobre a estrutura e a função dos ribossomos – ou o americano Brian Kobilka – premiado em 2012 pela descoberta de um novo receptor celular.

"Será uma facilidade aberta que atenderá às mais diversas áreas da ciência, desde medicina, biofísica, biotecnologia, biologia molecular e estrutural, até paleontologia, ciências dos materiais, agricultura e nanotecnologia. Se o equipamento estiver realmente no estado da arte, vai atrair pesquisadores de ponta de todo o mundo".

Sobre o acelerador, o diretor do LNLS explicou que a energia final dos elétrons será mais do que o dobro da atual, que é de 1,37 GeV (gigaelétron-volt). Além de gerar mais intensidade de luz, o Sirius também ampliará sua faixa de alcance para os raios X duros (o penúltimo no espectro eletromagnético, atrás dos raios gama). Isso permitirá penetrar estruturas mais espessas.

"Hoje, ao estudar as propriedades do aço, por exemplo, só é possível penetrar na camada mais superficial do material. Com o novo acelerador conseguiríamos atingir de fato o volume e aprender como os átomos estão organizados".

A menor divergência do feixe de fótons, por sua vez, aumentará a resolução das imagens, possibilitando a realização de medidas de microscopia com precisão nanométrica. Com o novo acelerador será possível gerar imagens tridimensionais de uma célula e de suas organelas. O Sirius, com preço estimado em R$ 650 milhões, deverá estar 100% concluído em 2016. Até o momento já foram investidos R$ 55 milhões provenientes do MCTI. Além do órgão federal, o projeto conta com o apoio do governo do Estado de São Paulo, que concederá um terreno de 150 mil metros quadrados onde será construído o acelerador – ao lado das atuais instalações do LNLS.


Fonte: Agência Gestão CT&I de Notícias com informações da Fapesp






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