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7/3/2013



Evento no CNPq oficializa programa direcionado para mulheres na ciência


Foto: Marcelo Gondim/CNPq

Com objetivo de proporcionar conhecimento sobre as profissões ligadas à ciência para a inserção de um número maior de mulheres no setor, foi aberto oficialmente, dia 4, na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Programa Science Camp – Elas na Ciência. O evento foi direcionado para 90 estudantes mulheres do ensino médio, selecionadas em diversos estados brasileiros e contará com atividades durante toda a semana em Brasília (DF) e Manaus (AM).

Na abertura, o Diretor de Cooperação Institucional do CNPq, Manoel Barral, destacou que as áreas da ciência onde as mulheres são maioria ou igualam o número de homens, são biologia e agrária. “Com este programa, queremos que as mulheres conheçam a beleza e as oportunidades existentes nas profissões ligadas à ciência”, disse.

Ele lembrou ainda que há uma carência de mulheres nas posições de comando, tema que o programa também pretende discutir. “É necessário incluir mais mulheres, porque o Brasil precisa ter uma participação mais equilibrada para o seu desenvolvimento”, disse.

O representante da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Claudio Chapman, informou que a parceria entre EUA e Brasil começou exatamente na área da educação e que o programa é uma ampliação das ações implantadas no país. “A parceria com CNPq, Capes e universidades brasileiras está evoluindo. Vocês tem um futuro fantástico aqui no Brasil.”

A Secretária de Articulação Institucional e Ações Temáticas, da Secretaria de Política para Mulheres do Governo Federal,Vera Lucia Lemos Soares, lembrou sobre o programa Mulheres na Ciência, coordenado por sua pasta e ressaltou a importância desta nova iniciativa para as participantes. “Uma semana no instituto de pesquisa é muito bem vinda para jovens mulheres abrirem janelas de oportunidades em outras áreas ligadas a ciência e tecnologia. Esperamos aprofundar ainda mais esta parceria com a embaixada americana com essas ações”.

Já a coordenadora de Capacitação, do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), Beatriz Ronche Teles, sugeriu as estudantes aproveitar o conhecimento que será proporcionado. “É uma satisfação que o Inpa inicie este projeto. Vocês irão conhecer o que é a Amazônia de verdade, seus ambientes terrestre e aquático. Vocês terão vários pesquisadores à disposição. Aproveitem essa oportunidade e perguntem. Não deixem dúvidas. Depois levem esta experiência para suas escolas”, concluiu.

Foto: Marcelo Gondim/CNPq

Palestras - Durante o evento em Brasília, as estudantes assistiram a três palestras, duas delas sobre mulheres em cargos de liderança, e uma sobre a mulher no mundo da ciência, além de quatro apresentações, “Programa Ciência sem Fronteiras e outras oportunidades”, “Mídias Sociais: Como melhor cobrir/divulgar a sua participação no programa”, “EducationUSA: Oportunidades nos Estados Unidos” e Science Camp – Elas na Ciência”.

A primeira palestrante do evento foi a presidente da GE no Brasil, Adriana Machado. Ela lembrou que a inovação é um dos orgulhos da empresa e destacou áreas onde as mulheres podem fazer a diferença. “A área da inovação toca nossa vida muito intimamente. Estamos com muito orgulho em dizer que estamos com o quinto centro global aqui no Brasil”, informou.

Adriana disse que o Fórum Econômico Mundial é um dos poucos organismos que discutem sobre as disparidades da participação da mulher na economia. “Ainda temos uma baixíssima participação nos parlamentos e existe grande diferença de salários. Precisamos ter mais mulheres empenhadas em mudar este quadro. Isso se faz no dia-dia, por isso temos que aproveitar as oportunidades de aprendizado”.

Foto: Marcelo Gondim/CNPq

Já a vice-presidente da Chevron no Brasil, Eunice de Carvalho, destacou alguns números da empresa no país para as estudantes. Ela informou que existem 294 funcionários, sendo 101 mulheres. Entre eles, 74 ocupam cargos de supervisão, 20 são mulheres, incluindo presidente, vice-presidente e as diretoras de Desenvolvimento de Negócios e Recursos Humanos, que foi estagiária na empresa. “A coragem para ser curiosa é fundamental. A vontade de aprender o que está fora da nossa zona de conforto é um dos fatores que nos engrandecem. Encorajo que vocês tenham essa abertura”, enfatizou.

Na última palestra do dia, a diretora de Relações Internacionais da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Denise Neddermeyer, disse que sua instituição não considera a situação das mulheres na ciência ruim no Brasil, mas que algumas áreas ainda necessitam ser estimuladas.

Denise ressaltou números que considera desiguais em diversas áreas, incluindo a ciência. “No Brasil, temos seis milhões de mulheres a mais que homens. Considerando as mulheres em cargos de tomada de decisão em 2011, temos Europa com 22% e Américas 20%. Na Câmara dos Deputados são 468 deputados, sendo que 45 são mulheres. No Senado, apenas sete foram eleitas e exercem o cargo atualmente. Entre os ministros, 28 são homens e 10 mulheres. Na Academia Brasileira de Ciências (ABC), dos 416 membros, 60 são mulheres, 17 delas formadas em biomédicas e nove em ciência química. O curioso é que na medida que sobe a graduação, o número de mulheres também aumenta”, finalizou.

Profissão - A estudante da cidade de São Paulo (SP), Lilian Souza Bessa, disse acreditar que voltará de Manaus com seu futuro profissional definido. “Escolher a área de exatas é um diferencial, sem contar que acho que posso agregar muito nessa área”. Ela ainda confidenciou que fez a inscrição com medo de não ser selecionada. “Queria participar para aprender e ter novas oportunidades. As palestras são super demais. O que eu não souber vou me empenhar em aprender para agregar no meu futuro”.

Foto: Marcelo Gondim/CNPq

A estudante Edilayne Ibiapina Uchôa, da cidade de Paragominas, no Pará, disse que pretende aprofundar seu conhecimento sobre ciência e que também quer aproveitar a oportunidade para vislumbrar possíveis profissões e fazer novas amizades. “É a primeira oportunidade relacionada à área de ciência que tenho. Assim que soube comecei a estudar sobre todos os institutos e locais onde estaria. Durante este processo, já me interessei mais pela área”, disse.

“Pretendo ainda criar novas amizades, interagir com outras meninas e aprender bastante com isso. Focar na profissão e ter nova visão de mundo, além de oportunidades. Podemos até não ser as mesmas depois dessa experiência. Novas portas se abrindo. Não posso imaginar o que pode acontecer a partir de agora”.

O Science Camp – Elas nas Ciência foi criado pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil. Para este primeiro evento selecionou cerca de 90 estudantes do ensino médio. Além do CNPq, o Elas na Ciência será desenvolvido em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI). As estudantes farão uma imersão no mundo do conhecimento cientifico com atividades práticas nas áreas de ciência, tecnologia e inovação. Todas as atividades serão monitoradas e terão interações com pesquisadores renomados e mulheres líderes do setor privado.


Fonte: Assessoria de Comunicação Social do CNPq






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