25/4/2013
Livro traz panorama do mestrado no paÃs
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A publicação dá sequência ao trabalho iniciado com o livro 'Doutores 2010' também publicado pelo CGEE (Foto: Guilherme Feijó - CCS/Capes) |
A formação de novos mestres cresceu à taxa de 10,7% ao ano no paÃs entre 1996 e 2009, apesar do percentual da população com esse nÃvel de instrução ainda ser de apenas 0,3%. Esses são alguns dos dados do livro Mestres 2012: demografia da base técnico-cientÃfica brasileira, publicado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), cujo lançamento aconteceu no edifÃcio-sede da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de NÃvel Superior (Capes) nesta terça-feira, 23.
O livro apresenta um amplo conjunto de estatÃsticas sobre os programas, a formação e o emprego dos mestres, gerado a partir do cruzamento das bases de dados do Coleta Capes, perÃodo 1996-2009 (Capes/MEC) e da RAIS 2009 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O trabalho também explorou a oportunidade de analisar os dados do Censo Demográfico 2010, recém publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica (IBGE). O censo trouxe dados separados de mestres e doutores o que permitiu analisar essa pequena parcela da população com riqueza de detalhes, estabelecer comparações com os egressos do sistema de formação no paÃs, além de permitir a comparação dessa parcela com o restante da população.
De acordo com um dos autores do livro, o pesquisador da Universidade de BrasÃlia, Eduardo B. Viotti, trata-se da primeira vez que foi possÃvel saber o número de mestres em relação à população geral no paÃs. "Esse nÃvel de formação fazia parte de uma população tão especÃfica que não era tratada no censo", explica.
Crescimento, emprego e gênero
Entre os dados revelados pelo livro, está o crescimento do mestrado nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Entre 1996 e 2009, a Região Norte teve um aumento de 340,7%, enquanto a região sudeste começa a demonstrar uma estabilidade com um crescimento de 82,5%, abaixo da média nacional que foi de 12,7%. "Esses números mostram um esforço dos programas de pós-graduação, guiados por uma polÃtica da Capes em desconcentrar pelo território nacional a formação em nÃvel superior", explica Viotti.
Entre as revelações do Censo 2010 estão informações sobre emprego, faixa etária e nacionalidade. A análise sobre empregabilidade traz, por exemplo, o dado de que o nÃvel de desemprego entre doutores é de 1%. Seria, portanto, o que economistas chamam de "desemprego friccional", quando se trata apenas da passagem entre um emprego e outro. "Os dados mostram de maneira clara que praticamente todos os doutores brasileiros estão empregados e desfaz o mito de que há uma sobra de doutores no mercado", ressalta o pesquisador.
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Eduardo B. Viotti, um dos autores do livro, destacou o alto Ãndice de empregabilidade dos mestres brasileiros (Foto: Guilherme Feijó - CCS/Capes) |
O recorte de gênero e raça entre os mestres brasileiros também é tema da publicação. Hoje a proporção de mulheres com essa titulação é 7% maior que a de homens. No doutorado as mulheres também já são maioria. "Apesar disso, mulheres ainda são minoria significativa na grande área de engenharias e a diferença salarial entre homens e mulheres com mesmo nÃvel de formação merece uma análise profunda", afirma o autor.
As pessoas que se declaram com sendo de raça branca no Censo 2010, quase metade da população (47,51%), aumentam progressivamente sua participação na medida em que o nÃvel de instrução se eleva. Nos dois nÃveis correspondentes à queles que concluÃram cursos de pós-graduação stricto sensu, sua participação é de cerca de 80%.
A publicação dá sequência ao trabalho iniciado com o livro Doutores 2010: Estudos da demografia da base técnico-cientÃfica brasileira, lançado em 2010 durante a 4ª Conferência Nacional em Ciência Tecnologia e Inovação.
O livro Mestres 2012: demografia da base técnico-cientÃfica brasileira pode ser acessado na Ãntegra no site do CGEE.
Fonte: Coordenação de Comunicação Social da Capes (Pedro Matos)
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